Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade. (II Coríntios 13,8)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A Fé e suas fontes - Perte III


As Duas Fontes da Revelação – Tradição Divina e Sagrada Escritura

Chamamos de Fonte da Revelação o lugar onde se recolhe, sem possibilidade de erro, a Revelação divina.

  • A Tradição divina é a fonte Primária da Revelação.
  • A Sagrada Escritura ou Bíblia é a fonte Secundária da Revelação.

Tradição = algo transmitido por Deus.

A Divina Tradição é fonte da Revelação porque por ela se conserva e é transmitida pela Igreja, desde os Apóstolos, as verdades e as coisas ensinadas por Deus. Assim, nela está contida a palavra de Deus transmitida.

Ela é chamada fonte primária porque, antes de mais nada e por si só, foi ordenado por Nosso Senhor que fosse transmitida e conservada pela pregação oral. “Ide, pregai este Evangelho”. “Vos transmiti o que recebi... vos preguei o que recebestes para que não acrediteis em vão... Tal a nossa pregação tal a vossa fé”. (ICor., 15). A conservação da Divina Tradição só podia ser garantida por Deus, pois aquele que a constitui também a conserva.

Em que consiste a Tradição:

Ela engloba verdades:

  • explicitamente presentes nas Sagradas Escrituras – ex. a divindade de Cristo
  • implicitamente presente nas Sagradas Escrituras – ex. a assunção de Nossa Senhora.
  • não presentes nas Sagradas Escrituras – ex. forma e matéria de alguns sacramentos.

Em que não consiste a Tradição:

  • não é a Tradição apostólica – verdades oriundas dos apóstolos. Ex. certos ritos secundários
  • não é a Tradição eclesiástica – verdades oriundas da pregação da Igreja. Ex. o hábito eclesiástico.

Devemos constatar a existência de uma Tradição divina, doutrinária e moral, revelada aos homens de modo certo e infalível, por modo de pregação, que sob a responsabilidade de instituições fundadas por Cristo, a Igreja e seu magistério hierárquico, sempre foi transmitida e confirmada, formando um conjunto de documentos dos Apóstolos, dos Papa, dos Concílios, ou ainda, em grau menor, dos Santos Doutores, teólogos, artistas e escritores. Este Depósito Sagrado é garantia da nossa fé e sempre se manteve intacto, até que sofreu os mais rudes ataques, pelos inimigos da Igreja, no Concílio Vaticano II (1962-1965).

Destaques nossos. Texto completo: http://www.capela.org.br/Catecismo/fontes1.htm

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Próxima Reunião...


Caros Amigos,
Salve Maria!

Confirmada próxima reunião do Grupo de Estudo Veritas.

  • Data: 26.08.2007 (Domingo)
  • Hora: 16h da tarde
  • Local: ICM - Manaus.

Tema: Organização do Grupo de Estudo para Organizar Novos Eventos e Enfrentar Novos Desafios. Como:
  • Trazer a Missa Tridentina para Manaus
  • Trazer a Palestra do Prof. Orlando Fedeli para Manaus
Contamos com a presença de todos, é de suma importância!

Obrigado,
GdEV.

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

HOMILIA DO PAPA NA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA


HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
NA CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA
NA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO
DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA

Castel Gandolfo, 15 de Agosto de 2007

Caros irmãos e irmãs

Na sua grande obra "A Cidade de Deus", Santo Agostinho diz uma vez que toda a história humana, a história do mundo, é uma luta entre dois amores: o amor de Deus até à perda de si mesmo, até ao dom de si próprio, e o amor de si até ao desprezo de Deus, até ao ódio pelos outros. Esta mesma interpretação da história como luta entre dois amores, entre o amor e o egoísmo, aparece também na leitura tirada do Apocalipse, que agora ouvimos.

Aqui, estes dois amores aparecem em duas grandes figuras. Em primeiro lugar, há o dragão vermelho, fortíssimo, com uma manifestação impressionante e inquietadora do poder sem a graça, sem o amor, do egoísmo absoluto, do terror e da violência. No momento em que São João escreveu o Apocalipse, para ele este dragão realizava-se no poder dos imperadores romanos anticristãos, de Nero a Domiciano. Este poder parecia ilimitado; o poder militar, político, propagandístico do império romano era tal, que diante dele a fé, a Igreja, parecia-se com uma mulher inerme, sem possibilidade de sobreviver, e muito menos de vencer. Quem podia opor-se a este poder omnipresente, que parecia capaz de realizar tudo? E no entanto, sabemos que no final venceu a mulher inerme, não venceu o egoísmo, nem o ódio; venceu o amor de Deus, e o império romano abriu-se à fé cristã.

As palavras da Sagrada Escritura transcendem sempre o momento histórico. E assim, este dragão indica não apenas o poder anticristão dos perseguidores da Igreja daquela época, mas também as ditaduras materialistas anticristãs de todos os períodos. Vemos de novo realizado este poder, esta força do dragão nas grandes ditaduras do século passado: a ditadura do nazismo e a ditadura de Stalin tinham todo o poder, penetravam todos os ângulos, o último ângulo. Parecia impossível que, a longo prazo, a fé pudesse sobreviver diante deste dragão tão forte, que queria devorar o Deus que se fez Menino, e a mulher, a Igreja. Mas na realidade, também neste caso no final o amor foi mais forte do que o ódio.

Também hoje existe o dragão, de modos novos, diversos. Existe na forma das ideologias materialistas, que nos dizem: é absurdo pensar em Deus; é absurdo observar os mandamentos de Deus; é algo de um tempo passado. Somente é válido levar a vida em si mesma. Tomar neste breve momento da vida tudo aquilo que é possível. Só valem o consumo, o egoísmo e a diversão. Esta é a vida. Assim devemos viver. E de novo, parece absurdo, impossível, opor-se a esta mentalidade predominante, com toda a sua força mediática, propagandista. Hoje parece impossível que ainda se pense num Deus que criou o homem e que se fez Menino, e que seria o verdadeiro dominador do mundo.

Também agora este dragão parece invencível, mas inclusive agora é verdade que Deus é mais forte que o dragão, que vence o amor, e não o egoísmo. Tendo assim considerado as diversas configurações históricas do dragão, agora vemos outra imagem: a mulher revestida de sol, tendo a lua aos seus pés, circundada por doze estrelas. Também esta imagem é multidimensional. Um primeiro significado, sem dúvida, é que é Nossa Senhora, Maria totalmente revestida de sol, ou seja, de Deus; Maria que vive totalmente em Deus, circundada e penetrada pela luz de Deus. Circundada pelas doze estrelas, isto é, pelas doze tribos de Israel, por todo o Povo de Deus, por toda a comunhão dos santos, tendo aos pés a lua, imagem da morte e da mortalidade. Maria deixou atrás de si a morte; está totalmente revestida de vida, tendo sido elevada em corpo e alma à glória de Deus, e assim, posta na glória, tendo ultrapassado a morte, diz-nos: ânimo, no fim vence o amor! A minha vida consistia em dizer: sou a serva de Deus, a minha vida eram dom de mim mesma, por Deus e pelo próximo. E agora esta vida de serviço chega à verdadeira vida. Tende confiança, tende a coragem de viver assim também vós, contra todas as ameaças do dragão.

Este é o primeiro significado da mulher, que Maria chegou a ser. A "mulher revestida de sol" constitui o grande sinal da vitória do amor, da vitória do bem, da vitória de Deus. Um grande sinal de consolação. Mas depois esta mulher que sofre, que deve fugir, que dá à luz com um brado de dor, é também a Igreja, a Igreja peregrina de todos os tempos. Em todas as gerações, ela deve dar de novo à luz Cristo, levá-lo ao mundo com grande dor deste modo doloroso. Perseguida em todos os tempos, ela vive quase no deserto, vítima do dragão. Mas em todos os tempos a Igreja, o Povo de Deus, vive também da luz de Deus e, como diz o Evangelho, é alimentado em si mesmo com o pão da Sagrada Eucaristia. E assim em toda a tribulação, em todas as diversas situações da Igreja ao longo dos tempos, nas diversas regiões do mundo, sofrendo, vence. E é a presença, a garantia do amor de Deus contra todas as ideologias do ódio e do egoísmo.

Vemos certamente que também hoje o dragão quer devorar Deus, que se fez Menino. Não tenhais medo deste Deus aparentemente frágil. A luta já é algo ultrapassado. Ainda hoje este Deus frágil é forte: é a verdadeira força. E assim a festa da Assunção é o convite a ter confiança em Deus, e é também um convite a imitar Maria naquilo que Ela mesma disse: eu sou a serva do Senhor, e ponho-me à disposição do Senhor. Esta é a lição: percorrer o seu caminho; dar a nossa vida e não tomar a vida. E precisamente assim, percorremos o caminho do amor, que é um perder-nos, mas um perder-nos que na realidade é o único caminho para nos encontrarmos verdadeiramente a nós mesmos, para encontrarmos a verdadeira vida.

Contemplemos Maria, a Assunta. Deixemo-nos encorajar para a fé e para a festa da alegria: Deus vence. A fé aparentemente frágil é a verdadeira força do mundo. O amor é mais forte que o ódio. E digamos com Isabel: bendita sois Vós entre todas as mulheres. Pedimos-te juntamente com toda a Igreja: Santa Maria, orai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte!

Amém.

Fonte: Vaticano.

Adoro Te devotote - santo Tomás de Aquino

A liturgia da festa de Corpus Christi é repleta de orações extremamente belas tanto pela composição e quanto pela profunda teologia que nelas se encontram.
A história desta festa também é bastante edificante.
No ano de 1263, um padre de nome Pedro de Praga, vacilante sobre a veracidade da transubstanciação, fez uma peregrinação de Praga a Roma, a fim de alcançar uma graça para que esta tentação o deixasse. Foi, então, que o prodígio ocorreu enquanto celebrava a Santa Missa perto donde repousava o corpo de S. Cristina em Bolsena.
Padre Pedro, no momento da consagração, viu gotejar sangue da Hóstia então consagrada e banhar o corporal e os linhos litúrgicos. O sacerdote, impressionado com o acontecimento, vai para Orvieto onde residia o Papa Urbano IV, o qual mandou para Bolsena o bispo Giacomo para verificar o ocorrido e recolher o linho manchado com o Sangue de Cristo.
No ano seguinte, o Papa promulgou a bula “Transiturus” que instaurava para toda a cristandade a Festa do Corpo de Deus na cidade que até então estava infestada de Cátaros – hereges que negavam o Sacramento da Eucaristia. O Papa pediu, então, para Santo Tomás de Aquino compor o ofício de Corpus Christi.
Uma das orações compostas por Santo Tomás foi o belíssimo “Adoro Te Devote”:

1.Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,
Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,
Porque, vos contemplando, tudo desfalece.
2.A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós
Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,
Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.
3.Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,
Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,
Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.
4.Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus
Faça que eu sempre creia mais em Vós,
Em vós esperar e vos amar.
5.Ó memorial da morte do Senhor,
Pão vivo que dá vida aos homens,
Faça que minha alma viva de Vós,
E que à ela seja sempre doce este saber.
6.Senhor Jesus, bondoso pelicano,
Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.
7.Ó Jesus, que velado agora vejo
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amem

versao original
1.Adoro te devote, latens Deitas,
Quae sub his figúris vere látitas
Tíbi se cor méum tótum súbjicit
Quia te contémplans tótum déficit.
2.Vísus, táctus, gústus in te fállitur,
Sed audítu sólo tuto creditur
Credo quídquid díxit Dei Fílius
Nil hoc verbo veritátis vérius.
3.In crúce latébat sola Deitas,
At hic látet simul et humánitas
Ambo tamen crédens atque cónfitens,
Péto quod petívit látro paénitens.
4.Plagas, sicut Thomas, non intúeor
Déus tamen méum te confíteor
Fac me tíbi semper magis crédere,
In te spem habére, te dilígere.
5.O memoriále mórtis Dómini,
Pánis vívus vítam praéstans hómini,
Praésta méae ménti de te vívere,
Et te ílli semper dulce sápere.
6.Pie pellicáne Jésu Domine,
Me immundum munda túo sánguine,
Cújus una stílla sálvum fácere
Tótum múndum quit ab ómni scélere.
7.Jesu, quem velátum nunc aspício,
Oro fiat illud quod tam sítio
Ut te reveláta cérnens fácie,
Vísu sim beátus túae glóriae. Amem.


Fonte:
São Tomas de Aquino - "Adoro te devote"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=oracoes&subsecao=diversas&artigo=adorotedevote〈=bra

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O Cristão sempre encontrará oposição em sua vida, adverte o Papa

Ângelus Dominical: 19.08.2007

VATICANO, 19 Ago. 07 / 12:00 am (ACI).- Milhares de fiéis e peregrinos se dirigiram à residência de verão do Santo Padre em Castel Gandolfo para rezar o Ângelus Dominical com o Papa Bento XVI, quem recordou que a paz de Jesus nasce da luta contra o mal.

Como no domingo passado, o Santo Padre meditou sobre as palavras do Evangelho de hoje e destacou que "o Evangelho de Cristo é mensagem de paz por excelência". Refletindo sobre as palavras de Jesus a seus discípulos: "Pensam que vim a trazer a paz à terra? Não, asseguro-lhes isso, mas sim divisão", o Pontífice explicou que "a paz que Jesus veio trazer não é sinônimo de simples ausência de conflitos. Ao contrário, a paz de Jesus é fruto de uma constante luta contra o mal".

"A luta que Jesus está decidido a sustentar não é contra os homens ou poderes humanos, mas sim contra o inimigo de Deus e do homem, Satanás. Quem quer resistir a este inimigo permanecendo fiel a Deus e ao bem deve necessariamente enfrentar incompreensões e às vezes verdadeiras e próprias perseguições"
, adicionou o Papa.

Recordou assim "contos pretendem seguir a Jesus e comprometer-se pela verdade devem saber que encontrarão oposição e se converterão em sinal de divisão entre as pessoas". Deste modo falou do ser "instrumentos de paz" que "não é uma paz inconsistente e aparente, mas sim real, perseguida com valor e tenacidade no cotidiano esforço por vencer o mal com o bem e pagando em primeira pessoa o preço que isto implica".

A seguir o Papa rezou o Ângelus, saudou os presentes em diversos idiomas e ministrou sua Bênção Apostólica.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A Fé e suas fontes - Parte II

Revelação pública

Deus falou – o que ele diz só pode ser a Verdade por excelência. Ele não pode errar e não pode nos enganar. O que Deus disse forma o conjunto objetivo de verdades reveladas. É chamada de Revelação pública aquela que foi entregue por Deus aos homens, dando-lhes autoridade para falar em seu nome, através de uma instituição fundada para este fim. Temos assim:

  • Revelação pública particular – é o Antigo Testamento, porque restringia-se ao povo eleito.
  • Revelação pública universal – é o Novo Testamento, porque ensinada para todos os homens pela Igreja.

O ato de Revelação termina com a morte do último Apóstolo. Aos Apóstolos foi entregue, por Jesus Cristo, o depósito Sagrado, para que eles, com sua autoridade divina, pregassem a todos os povos, até os confins da terra. São diversas as passagens dos Evangelhos em que Jesus manifesta esta autoridade da Igreja:

“Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. O que crer e for batizado será salvo, o que porém não crer, será condenado”. (S. Marcos, 16,16)

“Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. (S. Mateus, 16, 18)

Cabe, então, à Igreja Católica, o papel de guardar, pregar e explicitar a verdade revelada.

Este trabalho da Igreja se faz mediante as declarações autorizadas da Igreja. É a isso que se dá o nome de “dogma”. Dogma é toda verdade revelada por Deus na medida em que ela é proposta pela Igreja para ser crida. E se é verdade que o Depósito da Revelação completa-se com a morte do último Apóstolo, já as explicações, desenvolvimentos e explicitações do que está contido na revelação, continua, sob a autoridade da Igreja e com a assistência do Divino Espírito Santo. Assim, por exemplo, o dogma da “transubstanciação”. A Igreja, mediante uma palavra revelada por Deus, chega a uma conclusão teológica que, por ser essencialmente unida à revelação, é declarada pela Igreja como dogma de fé. Se fosse possível que a substância do pão não se transformasse na substância do Corpo de Cristo, estaria negada a divindade da Revelação. A nossa adesão ao dogma é, então, a mesma da adesão à Revelação. Seria um pecado grave contra a fé negar um dogma católico, pois estaríamos negando a própria palavra revelada por Deus.

(Continua...)


Referência: A fé e suas fontes. Acessível em http://www.capela.org.br

abusos na liturgia

É impressionante como a maioria dos leigos que ajudam nos grupos de música ou na pastoral da litúrgia não se importa como a Santa Missa é celebrada.

É Gloria in Excelsis com uma música com a letra incompleta, é Ato Penitencial meloso... é "canto de comunhão" que não tem nada haver com o momento da comunhão... Pai-Nosso com letra adulterada...

(leia mais em) Fides Et Ratio

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Comentário de São Crisóstomo: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja"

São João Crisóstomo (c. 345-407), bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre S. Pedro e Sto. Elias

“Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja”


Pedro devia receber as chaves da Igreja, mais ainda, as chaves dos céus, e devia ser-lhe confiada a governação de um povo numeroso. […] Se, com a tendência que tinha para a severidade, Pedro tivesse permanecido sem pecado, como poderia ser misericordioso com os seus discípulos? Ora, por uma disposição da graça divina, caiu no pecado, por forma a que, tendo tido a experiência da sua própria miséria, pudesse ser bom para com os outros.

Repara bem: quem cedeu ao pecado foi Pedro, o chefe dos apóstolos, o fundamento sólido, a rocha indestrutível, o guia da Igreja, o porto invencível, a torre inabalável, ele que tinha dito a Cristo: “Mesmo que tenha de morrer contigo, não Te negarei” (Mt 26, 35); ele que, por uma revelação divina, tinha confessado a verdade: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.”

Ora, narra o Evangelho que, na própria noite em que Jesus foi entregue, […] uma jovem diz a Pedro: “Também tu estavas com aquele homem”, ao que Pedro responde: “Não conheço esse homem” (Mt 26, 69-72). […] Ele, a coluna, a muralha, cede perante as suspeitas de uma mulher. […] Jesus fixou nele o olhar […], Pedro compreendeu, arrependeu-se do seu pecado e desatou a chorar. É então que o Senhor misericordioso lhe concede o seu perdão. […]

Ele foi submetido ao pecado para que a consciência da sua culpa e do perdão recebido do Senhor o levasse a perdoar aos outros por amor. Realizava assim uma disposição providencial, conforme à maneira divina de agir. Foi necessário que Pedro, a quem a Igreja seria confiada, a coluna das Igrejas, a porta da fé, o médico do mundo, se mostrasse fraco e pecador. Assim foi, na verdade, para que ele descobrisse na sua fraqueza uma razão para exercer a bondade para com os outros homens.

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org/www/main.php?language=PT&localTime=08/09/2007#

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Prière du Partage


Para quem vive numa geração de jovens sem personalidade, fútil, fraca e covarde, esses versos abaixo podem soar estranhos. É meus amigos, mas saibam que já existiu uma outra geração de jovens bem diferente, na qual todos morreram, mas morreram com honra.

Prière du Partage

O QUE VOS RESTA
O QUE VOS RECUSAM
DAI-ME EM PARTILHA,
COMBATES E CORAGEM,
OH MEU DEUS

AQUILO QUE SE REJEITA,
AQUILO QUE NÃO SE ACEITA,
DAI-ME EM PARTILHA,
VOSSA CRUZ E CORAGEM
DE A CARREGAR

QUE EU ESTEJA SEGURO
DE VIVER PARA SOFRER
PARA DEFENDER A FÉ
E POR VOSSO AMOR MORRER,
OH MEU DEUS
QUE EU ESTEJA SEGURO
DE VIVER EM PERIGO,
DE ABRAÇAR VOSSA CRUZ
E NA VOSSA PAZ MORRER
OH MEU DEUS

EU NÃO DESEJO
NEM A PAZ NEM RIQUEZA
DÊ-ME EM PARTILHA,
A GUERRA E A TORMENTA,
OH MEU DEUS

EU VOZ PEÇO
DE UMA VEZ A VOSSA CRUZ
POIS EU NÃO TENHO CORAGEM
DE DUAS VEZES
A PEDIR

QUE EU ESTEJA SEGURO
QUE ELA SEJA MEU TESOURO
DE ABRAÇAR A VOSSA CRUZ
COM ARDENTE AMOR
SEM RETORNO.

QUE EU ESTEJA SEGURO
DE POSSUIR O MAIS DURO.
DE ABRAÇAR A VOSSA CRUZ
E NA VOSSA PAZ MORRER
OH MEU DEUS.

Página de Download do Grupo Veritas Atualizada!!!

Pessoal,
Salve Maria!

A página do download do Grupo Veritas foi atualizada. Agora já estão disponíveis os livros e artigos sobre o estudo realizado no dia 22/07/2007 sobre Fé, Razão e Verdade.


Acesse: http://grupoveritas.googlepages.com/f%C3%A9%2Craz%C3%A3oeverdade

A Fé e suas fontes - Parte I


Ao iniciar um estudo da doutrina católica, é preciso, antes de tudo, saber de onde nos vem esta doutrina.
Se nossa adesão à Religião Católica deve ser total, irrestrita e amorosa, é preciso que haja na própria Igreja as garantias necessárias para esta adesão tão definitiva. Em outras palavras, só poderemos dar nosso assentimento de fé às verdades católicas quando compreendermos que não se trata de verdades inventadas pelos homens, mas reveladas por Deus. Essa é a primeira noção importante a conhecer: a Revelação.
Ao criar os homens, em Adão e Eva, Deus formou a natureza humana com certas características próprias, que se encontram em todos os homens. Uma dessas características é o sentimento religioso, natural, horizontal, que nos leva a praticar, de algum modo, um culto a Deus. Assim vemos, desde o início da humanidade, sacrifícios oferecidos, como o de Caim e Abel, como o de Noé, e de Abraão.
Se é verdade que o povo eleito se forma a partir de Abraão, segundo a promessa feita por Deus a ele, é com Moisés que se estabelece, por revelação divina, uma religião revelada, ensinada e exigida por Deus a seu povo. Já não mais natural e horizontal, mas vertical, divina, vinda de Deus para nós e não apenas de nós para Deus.
Esta Revelação vai dar ao culto um valor novo, que não existia quando este culto era movido
apenas pelo sentimento natural de religião. A partir daí, Deus vai exigir do seu povo a realização do culto como ele determinou e vai condenar vigorosamente toda idolatria. Mais tarde, ao recusar o Messias e crucificá-lo, os judeus rompem com a Revelação, revoltam-se contra Deus e perdem o valor sobrenatural e divino de sua religião. É a Igreja Católica que recebe de Jesus a autoridade para continuar a Revelação.

(Continua...)

Referência: A fé e suas fontes. Acessível em http://www.capela.org.br

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Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade.(II Coríntios 13,8)