Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade. (II Coríntios 13,8)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A volta para casa

por Mirian Macedo


Criei coragem e vou contar como foi a minha volta para a Casa do Pai depois de quase quarenta anos distante de Deus. Na verdade, eu já tinha pensado em escrever relatando a minha conversão. Depois, desisti. Achei acesso - ou excesso - de vaidade, jornalista gosta de contar a história dos outros. Mas ao ler outros relatos, comoventes, considerei avareza não repartir a minha história.

    Peço generosidade e compreensão pelo meu desajeito no trato dos assuntos de Deus. Tantos anos sem rezar fez com que o coração desaprendesse a delicadeza e a reverência necessárias quando falamos das coisas divinas. O cérebro, então, mais frio e prático, só vai aprender a ser doce com o tempo. Mas não posso falar mal da razão: foi também ela que devolveu-me à fé. Eu sou assim, preciso compreender, sem lacunas, "redondo", como se diz no jargão jornalístico. Só seduzem-me e convencem as grandes elaborações, os pensamentos sofisticados. O Mestre ordenou: "Ide e ensinai". Eu confesso: sou aprendiz.

    Comecei a fugir, devagarinho, da Igreja quando tinha 14 ou 15 anos. Em casa, meu pai, afastado da Igreja, nada falou. Minha mãe, católica praticante, não gostou, mas não admoestou; depois, se conformou. Menina inteligente, estudiosa, longe de ser "rebelde sem causa", cometi esta rebeldia porque era moderno.                No final dos anos 60 e início dos 70, o mundo estava de cabeça para baixo. Eu morava em Brasília, e de lá assisti a guerra do Vietnã, festival de Woodstok, maio de 68 na França, morte de Guevara, Beatles, AI-5, primavera de Praga, Tropicália, festivais... Neste admirável mundo novo, soava velha esta história de Deus e pecado. Religião só se fosse Dom Hélder Câmara. Abaixo as carolas marchadeiras!


    Em 72, eu passei no vestibular para jornalismo na Universidade de Brasília; em julho daquele mesmo ano, saí de casa para morar numa república de estudantes. O ambiente da universidade era muito politizado, éramos todos comunistas. Tanto é que, em junho de 73, passei 11 dias no DOI-CODI, entre capuz na cabeça, interrogatórios intermináveis, ameaças (não consumadas) de choques elétricos, muito medo e pouco heroísmo. 
     Quando saí, como boa comunista, menti e exagerei, recheando o relato da experiência com palavras fortes - 'gritos assombrosos', 'noites aterrorizantes', 'tortura desumana'. Tudo lorota.

(Depois que saí da cana é que eu soube o que eu era e onde eu estava metida: era militante e integrava uma célula da Ação Popular Marxista Leninista (AP-ML) do PC do B, linha maoísta, o mesmo pessoal que fazia a Guerrilha do Araguaia, a turma de José Genoíno e de Honestino Guimarães, da UNE. Eu tinha quase 20 anos anos e já estava incumbida de trabalho de aliciamento e conscientização em áreas operárias na periferia de Brasília. Faltou pouco para eu 'cair' fazendo um trabalho deste. As pessoas que me aliciaram e dirigiam a célula a que eu pertencia eram 'putas velhas', como jornalistas se referem aos mais velhos e experientes da profissão. Eles sabiam que eu era 'inocente útil', que eu não tinha a menor idéia do perigo que corria. Ormai, ero carne bruciata)


    Naquela época, Marx explicava tudo: as razões da opressão e o caminho para a libertação. E lá ia eu, vigiada pelos "ômi", assistir às palestras de Dom Pedro Casaldáliga e Dom Tomás Balduíno. A religião era o ópio do povo, mas aqueles eram padres dos bons. Não porque eram padres, mas porque eram comunistas, graças a Deus!


    Mas nem só de pão vive o homem. Eu queria também Paz e Amor. Amor livre, claro. Para libertar nossos corpos e nossas mentes, a fórmula era conhecida: sexo, droga, rock'n roll e outros ritmos musicais alternados ou simultâneos.


    Tínhamos quase tudo: o som, o fuzil e a maconha. Mas faltava o "algo mais", a espiritualidade. E, assim, num Fiat Lux cósmico, o raio da Nova Era iluminou a nossa existência. E foi um sem-fim de yin, yang, ioga, prana, sutra, maia e karma.O cardápio podia variar, mas era sempre uma combinação de certos ingredientes: um prato de arroz integral com gergelim, um baseado, sair para dançar, ir para cama com mais um ou qualquer um e cumprir o dever revolucionário de derrubar o governo.


    Quando me senti no fundo do poço e tudo ia mal - trabalho, convivência com a família, saúde etc  - eu disse 'basta, vou mudar'. Mudei. Parei de beber, de fazer sexo, recolhi-me. Mas, no lugar de voltar para Deus, fui para o analista. Da parte espiritual cuidava a macrobiótica, a que me submeti rigorosamente por sete anos. Ela era suficiente para dar-me Discernimento Superior e harmonizar-me com a Ordem da Natureza. E a "macrô" ainda trazia a vantagem de reforçar a análise dialética e materialista da realidade: afinal yin-yang podia ser traduzido como capital-trabalho ou burguesia-proletariado. Perfeito!

    Eu estava com 27 anos quando, no carnaval de 1981, reencontrei em São Paulo um jovem engenheiro paulista (ex-católico, como eu) com quem eu tinha tido um "flerte" tempos antes. Neste reencontro, nós decidimos, em cinco dias, nos casar, completamente apaixonados. 
   Transferí-me de Brasília para São Paulo e passamos a viver juntos. Sem papel e sem padre. Era um casamento moderno, baseado no princípio do prazer e na superação de resquícios da moral pequeno-burguesa.


Como natureba, meu método de controle de natalidade era tabela e período de fertilidade. Falhou, claro, porque o desejo era maior que a preocupação com uma possível gravidez. Para mim, aquela não era a hora de ser mãe, eu achava que nosso relacionamento estava começando e nós podíamos ainda nos divertir muito antes de pensar em filhos. E, afinal, eu era dona do meu corpo.   Quanto àquela vida, ela se resumia a um conjunto de células indiferenciadas, sem consciência ou personalidade. A ciência nos garantia isto e 'nossos corpos nos pertenciam', era o lema da liber(t)ação feminista.


    Na terceira gravidez, resolvemos assumir e nos casamos, só no civil. Quando meu filho nasceu, troquei as laudas pelas fraldas. Para cuidar dele, larguei uma glamurosa e promissora carreira de jornalista que eu havia retomado em São Paulo com brilhantismo, depois de ter saído daquele fundo de poço e me casado. Mas Deus continuava fora. Tanto é que não batizei meu filho. A mesma decisão foi mantida com as minhas duas filhas.
    Diante da insistência da minha mãe, pedi que ela mesma os batizasse. Quando tinha quatro anos, meu filho me perguntou quem era Deus. Respondi-lhe: "É o chefe do Bem".
    Penso que acabei de certa maneira criando meus filhos no espírito de que falou João Paulo II. Não acreditava em Deus mas vivia (quase) como se Ele existisse. Só que, em vez de religião, ética. 
    A crítica era à Igreja, e a visão era  marxista: "ópio do povo, instrumento de opressão das classes favorecidas, ideologia mantenedora dos privilégios de classe, aliada do capital na escravização do povo" e outros blá blá blás.


    Como me distanciei da Igreja ainda adolescente, fui aos poucos desaprendendo o que sabia da vida de Jesus Cristo e da doutrina da Igreja Católica. A ponte mais próxima com a religião era a minha mãe, mas eu não encontrava nela qualquer desafio às minhas heresias e incredulidades. 
   (Apesar de crer incondicionalmente, minha mãe não se interessa muito em conhecer mais profundamente a doutrina cristã, diz que a Seicho-no-iê a tornou melhor católica, gosta da Igreja "alegre e moderna" da Canção Nova e acha que o Padre Marcelo presta serviço a Deus).

    E para meu azar,  a religião desandou numa breguice só quando neo-evangélicos, adeptos da Teologia da Prosperidade, infestaram o mundo e a televisão com aquela enxurrada de gente dando testemunho de que tinha aceitado Jesus no coração. Onde quer que eu pusesse os olhos, lá estavam as frases "Cristo salva", "Deus é fiel" e "Jesus te ama".

    O pior é que Igreja Católica, que sempre foi um reduto de decência, achou de se modernizar com o surgimento da Renovação Carismática e começou a trocar os slogans revolucionários da Teologia da Libertação - do prisioneiro político Jesus de Nazaré dos freis Boffs e  Bettos - pelos apelos do "Deus é 10 e o CD é 15".


    Quanto ao Papa Woytila, eu valorizava a sua ação política em favor dos pobres, mas achava-o retrógrado e cheio de moralismos antigos, principalmente nas questões sexuais. Já que a religião andava assim, eu preferia continuar sem transcendências, mas -pelo menos - com um pouco de elegância e sofisticação intelectuais.


    E logo descobri o que havia de mais avançado no pensamento de esquerda no mundo: o grupo marxista alemão Krisis, liderado pelo ensaísta Robert Kurz. Este grupo, herdeiro da Escola de Frankfurt e adepto da Teoria Crítica, fundamenta a sua análise nos conceitos de forma-mercadoria e trabalho abstrato. 
    Mas, o pulo do gato é outro: ao fazer a crítica radical do sistema mundial produtor de mercadorias, Kurz e seus discípulos conseguiram realizar um verdadeiro milagre: provar que Marx estava errado e certo ao mesmo tempo! Segundo Krisis, já não era a luta de classes que movia a História, como pregava o Marx jovem, mas as relações fetichistas, como concluía o Marx velho. Isto é que era revolução. Marx está morto, viva Marx!


    Os novos críticos apontavam o defeito iluminista de Marx em crer que a Razão faria surgir o Homem Novo. Em vez disso, o homem se tornara cada vez mais alienado, egoísta e violento, mesmo quando melhoravam as condições materiais objetivas de sua existência. Estavam aí os Estados Unidos que não os deixavam mentir.   Logo - concluíam os marxistas anti-marxistas - a solução dos problemas da humanidade teria de passar pela superação do próprio Iluminismo e sua racionalidade; de fato, o capitalismo é a mais exemplar expressão da racionalidade, o que mais se fala no capitalismo é de racionalização. A saída: mudar a Razão Pura em Razão Sensível, seja lá o que isto for. Como fazer a mudança, o grupo Krisis até hoje não descobriu. Ou seja: ninguém sabe.


    O meu desencanto com o marxismo foi acontecendo naturalmente. Um dia, lendo um texto do filósofo, historiador e cientista político alemão radicado nos Estados Unidos, Eric Voegelin, convenci-me de que o marxismo carecia completamente de fundamentação filosófica que o sustentasse. 
    Esta certeza se consolidou com a leitura de análises sobre a obra de Marx, principalmente a Teoria da Mais-Valia, feitas pelo economista austríaco e Ministro das Finanças, Eugen Bohm-Bawerk, no final do sec. XIX.
    Depois, era só ver em que tinha dado o tal do "mundo comunista". Sempre me martelava na cabeça a observação do jornalista Paulo Francis de que a Revolução Russa não podia mesmo ter dado certo. Afinal, tinha começado matando crianças - os filhos do Czar Nicolai.


    Engraçado é que nada me fazia imaginar que eu já estava trilhando o caminho de volta a Deus. Certo dia, me caiu nas mãos um livro de um "erudito" judeu, chamado Zecharia Sitchin, que se apresentava como expert em arqueologia, História e línguas antigas (hebraico, sumério, acádio etc). 
    Ele afirmava que as tábuas de argila encontradas na Mesopotâmia, há seis mil anos, não eram mitos, mas relatos factuais da vinda de extraterrestres de um planeta de nome Nibiru.


Estes ETs, chamados de anunakis pelos sumérios, eram os Nefilim da Bíblia. A tradução de "caídos" era errônea: Nefilim queria dizer "os que desceram do Céu para a Terra" ou, mais precisamente, "os homens dos foguetes ou das naves espaciais". Eles teriam colonizado a Terra há 500 mil anos, criado o Homem por manipulação genética. 
    A palavra Elohim, escrita no plural no Gênesis, provava que Deus eram "deuses. Estes, depois de criarem o homem pela fecundação de um óvulo de mulher-macaco e o sêmem de um "deus" anunaki, deram a civilização à raça humana. Voltariam nos próximos anos, completando mais uma órbita de 3600 anos em volta do Sol.


    A teoria era absolutamente ousada e desconcertante. Sitchin sugeria que uma Onipotência Universal poderia até existir, mas os que vieram à Terra foram chamados Deus e Anjos equivocadamente. Quem falou a Abraão e a Moisés foram estes viajantes de naves espaciais vindos de Nibiru. 
    Eu pensava comigo: 'então, eu posso estar certa e a religião errada; o que nós chamamos de Deus pode ser apenas um extraterrestre'. Resumindo: não havia nem metafísica nem transcendência.


    Não que histórias de ETs me arrebatassem, mas - caramba - eu também tinha lido o livro "Eram os Deuses Astronautas" na adolescência! As evidências intrigantes, as "qualificações" do autor - que incluíam até a de consultor da Nasa - e as numerosas citações de fontes acadêmicas reconhecidas (Samuel Noah Kramer, para citar só um) acabaram  levando-me a ler todos os livros de Sitchin, além de muitos outros sobre pré-história, Mesopotâmia, sumérios, babilônios, assírios, caldeus, egípcios, mitologia grega e hindu, religiões antigas etc etc.
    Aproveitei esta história de ET e anunaki para ler ainda, sem qualquer critério, tudo o que encontrei na Internet sobre ufologia, esoterismo, Fraternidade Branca, espiritismo, religiões orientais, calendário maia, teosofia e um sem-fim de assuntos místicos e esotéricos.

    Não foi difícil, com o volume de informação que reuni, refutar completamente a teoria maluca dos anunakis. Não tinha sido, afinal, perda de tempo, pois aprendi muito. E mais: trechos do Antigo Testamento, citados por Sitchin, começaram a me fazer pensar. Eu jamais tinha lido a Bíblia e passei a me interessar e ler sobre assunto.


    Foi, então, que um amigo emprestou-me um livro de Rudolf Steiner, de quem eu sabia apenas que era o criador das escolas Waldorf e da Antroposofia. Lembro-me que, à época, o Papa João Paulo II já estava muito doente e falava-se abertamente que ele não duraria muito. 
    Eu, de minha parte, mantinha o espírito crítico de velha marxista e teimava em ver a Igreja e o Papa sob o ângulo político, apontando o interesse da instituição em tirar proveito daquele martírio, transformando-o num espetáculo midiático.


    Como eu nunca tinha lido qualquer livro de Antroposofia, estranhei a observação deste amigo de que, para Steiner, o caminho era o Cristo. Era verdade, o autor mostrava Jesus Cristo como a maior dimensão de amor que se podia imaginar.
    Steiner considerava o Cristo como alguém absolutamente fundamental para a evolução espiritual do homem, o próprio Deus encarnado. Espantava-me a minha igorância sobre este Ser tão inigualável e me perguntava como é que eu nada sabia sobre Ele. E fui devorando os livros de Steiner.


    Para explicar a encarnação de Jesus Cristo, Steiner monta uma sofisticadíssima teoria que remonta à Atlântida, passa por Zaratustra, faz conexão com Hermes no Egito, engloba Moisés, Abrãao, essênios, budismo, Krishna , dois Jesus, duas Marias, dois Josés até chegar ao Mistério do Gólgota. De quebra, faz uma leitura dos Evangelhos como o mais puro e pedagógico manual de iniciação. 
    Ou seja: a Palavra de Deus não é mais que sabedoria oculta. Miraculosamente, cada palavra dos Evangelhos corresponde a um símbolo com significado na escrita esotérica e na sabedoria dos mistérios. Para entender Steiner, comprei a Bíblia de Jerusalém e, pela primeira vez, li os quatro Evangelhos e o Apocalipse. Steiner escreveu um livro intitulado O Quinto Evangelho (sic).


    Mesmo sendo muito fabuloso e surpreendente, Steiner parecia consistente, lógico, sofisticado e verdadeiro. Cheguei até a pensar - na minha ignorância e que Deus me perdoe - que a Igreja Católica sabia de tudo, mas não o podia revelar, pois ainda não tinha chegado a hora, o homem ainda precisaria evoluir mais para compreender esta nova revelaçao.


    Mas, de repente, me deu um estalo e eu pensei: cè qualcosa que non va. É que, para Steiner, Cristo é Deus mas também é uma entidade, um guia da evolução do homem; e Sua passagem pela Terra O teria ajudado a evoluir. Aí, eu achei demais: "Evolução, cara-pálida? Mas Ele é Deus! E Deus evolui?!"


    É claro que não foi só a minha 'exuberante e prodigiosa' capacidade intelectual que me fez compreender quem era verdadeiramente Jesus Cristo. Foi o coração que compreendeu, foi o Espírito Santo que agiu. Santo Agostinho, repetindo o salmista, escreveu " Com certeza, louvarão o Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram".


    Quando ficou claro para mim que Steiner era uma grande bazófia, lembrei-me do Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, que dizia ser a linguagem uma fonte de mal-entendidos. E é verdade. Muito do que nos confunde nestes livros esotéricos são as expressões "mundos espirituais", "esferas superiores", "dimensões supra-sensíveis". Automaticamente, nós relacionamos estes termos às coisas de Deus e dos anjos. 
    Mas, na verdade, este é apenas o outro lado do mundo físico, sensorial e, neste outro mundo, também vivem os espíritos que "non provengono da Dio, nonostante venga utilizzato quasi sempre un linguaggio damore e di luce" ('espíritos que não procedem de Deus, ainda que seja utilizada quase sempre uma linguagem de amor e de luz'), nas palavras de um texto do Vaticano.


    E foi assim que, através de uma heresia gnóstica como a Antroposofia, eu acabei sendo levada a redescobrir Deus!


    Completamente apaixonada por Jesus Cristo, eu quis conhecê-lo. Precisava compreender para crer e crer para compreender. Para isto, fui atrás Dele no lugar certo: a Igreja Católica. 
    Escrevi, brincando, num email para meus irmãos: "Não adianta: quem entende de Deus e Jesus Cristo é a Igreja Católica. É perda de tempo ficar lendo steiners, sitchins e  blavatskis. Melhor bater na porta da firma que tem o direito de texto e imagem e é proprietária da logomarca dos dois. 
    Afinal de contas, a empresa existe há dois mil anos, sem fechar as portas um dia sequer!" A primeira providência foi ler inteiro o documento 'Dominus Iesus'. Lá estava a confirmação da fé.


    Pode parecer, contando assim, que acreditar em Deus, para mim, é mero exercício intelectual. Mas o coração sabe que não é. Mesmo quando ainda não tinha voltado a crer, eu gostava sempre de repetir uma frase que ouvi de Leonel Brizola, quando lhe perguntaram, certa vez, se acreditava em Deus. 
    Ele respondeu que era arrogância não acreditar em Deus. Hoje, penso que, se não temos a pureza de coração para simplesmente crer, a razão acabará por nos levar inexoravelmente à Verdade.





*Este texto foi publicado, pela primeira vez,  no site católico Associação Cultural Montfort, em outubro de 2005: http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apoio&artigo=20051015183526&lang=bra

Mais tarde, eu o republiquei, recompondo a verdade.

Criação ou Evolução

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CINCO MIL CATÓLICOS MARCHAN EN PARÍS CONTRA LA CRISTIANOFOBIA Y LAS OBRAS BLASFEMAS




El evento organizado en París, este sábado (29 de octubre de 2011), por Civitas con el apoyo de diversos movimientos y asociaciones católicas ha sido un gran éxito, con cerca de 5,000 personas -en su mayoría jóvenes- recorriendo las calles de la capital francesa bajo la lluvia, detrás de una pancarta que indica "Francia es y debe seguir siendo católica". En la marcha participaron  también diversos sacerdotes.

Esto fue para denunciar los ataques de odio y desprecio sufridos por el cristianismo y la figura de Cristo en la comunidad llamada "cultural", la cristianofobia en general y particularmente contra las obras de teatro blasfemas, tanto la exhibida como otra que se pretende presentar.

Fue un largo paseo digno, donde hubo consignas, cantos y oraciones. Las cifras de los manifestantes superaron las estimaciones que  se calculaban en cientos y no en miles de participantes.

La prefectura desvió el curso del evento, hacia un lugar estrecho, muy lejos de donde se llevó a cabo la blasfemia.

EVENTO IMPROVISADO POSTERIOR A LA MARCHA

Culminada la marcha y tras vigorosos discursos, entre ellos de Alain Escada, secretario general de Civitas, y del abad de Cacqueray (FSSPX), la manifestación se dispersó.

Después, varios de esos participantes llevaron a algunos grupos a la Place du Châtelet, con ganas de protestar contra el teatro, donde la obra se desarrolla, ante la presencia de Frédéric Mitterrand, "el ministro de Cultura."

El primer grupo de jóvenes católicos llegó ahí pacíficamente, pero tuvo que dar marcha hacia atrás pues la Compagnies Républicaines de Sécurité de la Policía Nacional de Francia los recibió arrojando gas lacrimógeno contra la multitud, sin perdonar ni  siquiera a los sacerdotes presentes. 

Con gran tensión, frente a frente, los católicos se arrodillaron y comenzaron virilmente a rezar el rosario. Los sacerdotes se encontraban en la primera línea al frente de los fieles. 

Otros grupos de los manifestantes llegaron después (alrededor de 400 personas en total), y de nuevo se hizo lo mismo que la noche anterior: oraciones, cantos y lemas, durante dos horas antes de la dispersión general a las 23hrs.

Como dato curioso informamos que durante la marcha, un grupo de musulmanes del Centro Zahra (chiítas) simpatizó con los católicos y  se les se unió, lo mismo hizo en el evento improvisado en la Place du Châtelet, un pequeño grupo de islamistas de "Forsan Alizza".
 .

Fonte: Catolicidad

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário

O escultor espanhol e catedrático da Universidade de Sevilha, Juan Manuel Miñarro estudou durante dez anos o Santo Sudário de Turim.

Como resultado esculpiu um Crucificado que, segundo o artista, seria uma reprodução científica do estado físico de Nosso Senhor Jesus Cristo depois de sua morte.

O autor não visava provar a existência de Jesus de Nazaré, mas destacar os impressionantes acertos anatômicos constatados no estudo científico do Santo Sudário.

O professor Miñarro disse à BBC Brasil que, embora tenha privilegiado a “exatidão matemática”, “essa imagem só pode ser compreendida com olhos de quem tem fé”.

“A princípio, ela pode chocar pelo realismo, mas ela reproduz com fidelidade a cena do Calvário”, completou. Miñarro levou mais de dois anos para concluir sua obra.

Jesus Crucificado segundo o Santo Sudário:
estreita concordância com as imagens tradicionais
O escultor não trabalhou só. Ele presidiu o trabalho de um grupo de cientistas que levaram adiante uma investigação multidisciplinar do Sudário de Turim.

O crucificado é o único “sindônico” no mundo, pois reflete até nos mais mínimos detalhes os múltiplos traumatismos do corpo estampado no Santo Sudário.

A imagem representa um corpo de 1,80 metros de altura, de acordo com os estudos no Sudário feitos pelas Universidades de Bolonha e Pavia. Os braços e a Cruz formam um ângulo de 65 graus.

A Coroa de Espinhos tinha forma de casco, cobrindo toda a cabeça, e foi feita com jujuba“ziziphus jujuba”, uma espécie de espinheiro cujas agulhas não se dobram.

A pele apresenta exatamente o aspecto de uma pessoa morta há uma hora. O ventre aparece inchado por causa da crucifixão.

O braço direito aparece desconjuntado pelo fato do crucificado se apoiar nele à procura de ar durante a asfixia sofrida na Cruz.

Coroa de espinhos segundo o Santo Sudário
O polegar das mãos está virado para dentro, reação do nervo quando um objeto atravessa a munheca.

A escultura reflete também a presença de dois tipos de sangue: o vertido antes da morte e o derramado post mortem. Também aparece o plasma da ferida do costado, de que fala o Evangelho.

A elaboração destes pormenores foi supervisionada por hematologistas. A pele dos joelhos está aberta pelas quedas e pelas torturas.

Há grãos de terra incrustados na carne que foram trazidos de Jerusalém.

As feridas são típicas das produzidas pelos látegos romanos, que incluíam bolas de metal com pontas recurvadas para rasgar a carne.

Não há zonas vitais do corpo atingidas pelos látegos porque os verdugos poupavam essas partes para que o réu não morresse na tortura.

Foram necessários 10 anos de estudo
A maçã do rosto do lado direito está inchada e avermelhada pela ruptura do osso malar.

A língua e os dedos do pé apresentam um tom azulado, característicos da parada cardíaca.

Por fim, embaixo da frase em hebraico “Jesus Nazareno, rei dos judeus”, a tradução em grego e em latim está escrita da direita para a esquerda, erro habitual naquela época e naquela região.

A escultura esteve exposta na igreja de São Pedro de Alcântara, Córdoba, Espanha, e saiu em procissão pelas ruas da cidade durante a Semana Santa.

Com os mesmos critérios e técnicas, Miñarro está criando outras imagens que representam a Nosso Senhor em diferentes momentos de sua dolorosa Paixão.


Isaías 53

Cristo de Miñarro venerado em igreja,
São Pedro de Alcântara, Córdoba, Espanha
“Ele subirá como o arbusto diante dele, e como raiz que sai de uma terra sequiosa; ele não tem beleza, nem formosura; vimo-lo, e não tinha aparência do que era, e por isso não tivemos caso dele.

“Ele era desprezado, o último dos homens, um homem de dores; experimentado nos sofrimentos; o seu rosto estava encoberto; era desprezado, e por isso nenhum caso fizeram dele.

“Verdadeiramente ele foi o que tomou sobre si as nossas fraquezas, e ele mesmo carregou com as nossas dores; nós o reputamos como um leproso, como um homem ferido por Deus e humilhado.

“Mas foi ferido por causa das nossas iniqüidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre ele, e nós fomos sarados com as suas pisaduras.” (53, 2-5).




Fonte: Ciência Confirma Igreja.

Relacionando-se com o inimigo


Dando uma navegada pela internet, encontrei um quadro muito interessante mostrando o perigo da banalização sexual e do sexo sem compromisso. Tratas-se de um Quadro que mostra a quantas pessoas você estaria exposta à medida que aumenta o número de parceiros.
Muitos acham que isso é exagero, mas quem nunca ouviu um fulaninho comentar “peguei tantas” numa festa? Eu mesmo já ouvi da boca de um conhecido próximo e, ao que parece, isso já não é tão escandaloso em nossa sociedade. Pois, saiba que se você se relaciona sexualmente com 12 pessoas, você está exposto a pelo menos mais 4095. Assustador, não? Em se tratando de sexualidade você só pode confiar na abstinência e na fidelidade. Camisinha é muito segura, mas eu não entraria num avião com 8 a 20% de chances de cair. Acho que as pessoas sensatas concordariam comigo. Mas para que esta questão fique ainda mais clara, acompanhe os quadros explicativos:
PhotobucketSegue a explicação:
Photobucket
Créditos (credits): Why Not Know Abstinence Education Program via Love Facts


Fonte: Sentinela no escuro.

Retrospectiva: Steve Jobs é um gênio, mas até mesmo os gênios precisam nascer


Nota: LifeSiteNews.com originalmente publicou este artigo em 14 de setembro. Mas em vista da morte de Steve Jobs ontem, 5 de outubro, o tema merece mais atenção, e estamos republicando o artigo.
14 setembro de 2011 (MercatorNet/Notícias Pró-Família) — Elogios em honra de Steve Jobs estão brotando abundantemente desde a semana passada depois que ele renunciou como presidente da Apple, a empresa da qual ele foi co-fundador na década de 1970 e que fez chover sobre o mundo aparelhos mágicos, deixando o mundo encantado. Ele tem sido aclamado como “o Thomas Edison deste século”, “o Leonardo da Vinci de nossa época” e, menos grandiosamente, “um Marshall McLuhan dos últimos dias”. O próprio Jobs havia indicado comparações com figuras tão diversas quanto Gandhi e Bob Dylan. Talvez o escritor que o reduza ao tamanho da “única estrela do rock do mundo da tecnologia de informação” tenha alguma intenção a manifestar, mas a opinião da maioria parece ser que o homem é um gênio.
Steve Jobs
O que os meios de comunicação omitiram, no geral, é de onde veio todo esse gênio. Há histórias que mencionam a origem de sua família, mas elas foram de importância secundária para a retrospectiva da carreira extraordinária de Jobs. Contudo, nenhuma desses dramas poderia ter ocorrido se uma jovem estudante solteira, em 1955, não tivesse oferecido para adoção seu bebê, que não havia sido planejado.
Se seu pai não tivesse feito objeções ao seu namorado sírio, Joanne Simpson poderia ter se casado com Abdulfattah John Jandali imediatamente (em vez de mais tarde, depois que seu pai morreu) e a história de Steve Jobs poderia ter sido completamente diferente. Ele poderia ainda ter sido um gênio, mas ele jamais poderia ter se encontrado com Steve Wozniak, frequentado aulas de caligrafia ou fundado a Apple. Ele poderia ter sido um brilhante advogado ou político — ou um medíocre. Não sabemos.
O que sabemos é que milhões de pessoas ao redor do mundo se apaixonaram pelas criações da Apple: o Macintosh (foi o primeiro computador que já usei e seu mouse e ícones pareciam sempre tão bonitinhos), o iMac, o iPod, o iTunes, o iPhone e o iPad. Que a Apple sob a liderança dele foi de dois caras numa garagem para uma empresa de 2 bilhões de dólares no Vale do Silicon em 10 anos. Que atualmente a Apple emprega 50.000 pessoas. Que nos últimos 14 anos, desde que Jobs voltou à empresa, seu senso do que torna a tecnologia desejável levou de um triunfo a outro, até que no começo deste mês a Apple ultrapassou a Exxon Mobil para se tornar a empresa mais valiosa do mundo.
E não nos esqueçamos do Pixar, o projeto de Hollywood de Jobs que faz incontáveis milhões sorrirem com filmes de sucesso de animação computadorizada tais como Toy StoryProcurando Nemo.
É claro que nem todos amam Steve Jobs. Desde os colegas que tramaram sua saída da Apple em 1986 aos usuários do iPad que não conseguem usar o Adobe Flash Player em seu dispositivo favorito, ele transtornou muitas pessoas com o passar dos anos. Ele tem sido chamado de convencido, teimoso, esquentado, um micro-gerente, alguém que toma o crédito pelas invenções de outras pessoas, que dirige por aí sem placas de licença e estaciona seu Mercedes em espaços reservados para deficientes físicos. As indústrias musicais e editoriais somente com relutância aceitaram seus termos monolíticos de dar acesso a seus produtos por meio dos aparelhos da Apple. Sua prática de dar valor retroativo às opções de compras de ações provocaram escândalo — e escandosa foi também a ausência dele no cenário filantrópico (a única exceção foi uma doação de 100.000 dólares para a campanha a favor do casamento gay e contra a Proposta 8 na Califórnia em 2008).
Entretanto, até mesmo os que o criticavam reconhecem a astúcia dele, seu senso excepcional indicando para onde a tecnologia pode avançar em seguida, e quando deveria avançar. Conforme a revista Fortune disse três anos atrás, Jobs não era só considerado como o mais bem-sucedido presidente de uma empresa, mas ele havia “até mesmo se tornado um guru cultural global, moldando quais entretenimentos vemos, como ouvimos música e que tipos de objetos usamos para trabalhar e brincar. Ele mudou o jogo para indústrias inteiras”.
O mundo teria uma aparência muito diferente sem Steve Jobs. No entanto, se ele tivesse sido concebido 20 mais tarde, depois da decisão Roe versus Wade [que legalizou o aborto no Supremo Tribunal dos Estados Unidos] e com outra famosa empresa americana — a Federação de Planejamento Familiar — fazendo um negócio dinâmico na realização de abortos, não se sabe se ele teria tido chance de escapar do aborto. Na década de 1950, porém, o aborto era ilegal e provavelmente Joanne Simpson nunca pensou nisso. Quando as coisas se complicaram no lar dela, ela discretamente viajou para a cidade de San Francisco para ter o bebê e entregá-lo em adoção.
Eis a história conforme Steve Jobs a contou numa cerimônia de entrega de diplomas na Universidade Stanford em junho de 2005. Sua mãe biológica, ele disse,
Tinha o forte sentimento de que eu deveria ser adotado por pessoas com diploma universitário. Por isso, tudo estava preparado para eu ser adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Exceto que quando estourei a placenta eles decidiram no último minuto que realmente queriam uma menina. Portanto, meus pais, que estavam na lista de espera, receberam uma chamada no meio da noite perguntando: “Temos um inesperado bebê do sexo masculino; vocês o querem?” Eles disseram: “Claro que sim”. Minha mãe biológica mais tarde descobriu que minha mãe jamais tinha concluído a faculdade e que meu pai jamais concluíra o ensino secundário. Ela se recusou a assinar os documentos finais de adoção. Ela só cedeu meses mais tarde quando meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade.
Apesar de sua predominância no império da Apple, Jobs sempre dependeu do talento e lealdade de outras pessoas bem como das pessoas ligadas a ele. Em sua mãe biológica encontramos a mais importante dessas pessoas — uma mulher que não só respeitou a vida de seu filho, mas também queria lhe dar a melhor chance na vida que ela poderia pensar em sua situação difícil. Ela pensou no assunto, declarou suas condições e assumiu a responsabilidade pelo que ela havia começado.
Já nas universidades de hoje, nadando em contraceptivos e propaganda de sexo seguro, uma moça que engravidar vai encontrar uma oferta pronta de aborto e provavelmente a aceitará sem parar para pensar em quais opções ela realmente tem.
Quantas pessoas de talento nunca viram a luz do dia porque as pessoas agora têm certeza de que uma gravidez inesperada é necessariamente um bebê indesejado?
É verdade que cinquenta e seis anos atrás o bebê que ficou conhecido como Steve Jobs foi rejeitado no último minuto pelo casal de advogados que havia assinado os documentos para adotar o bebê da senhorita Simpson. Mas havia um casal da classe trabalhadora, Clara e Paul Jobs, que apenas queriam um bebê. Ponto final. Eles eram gente boa que, quando chegou a oportunidade, estavam preparados para fazer os sacrifícios necessários para mandá-lo à universidade. Ainda há muitas pessoas semelhantes por ai, só que não têm a chance de adotar porque a maioria dos bebês inconvenientes são destruídos. Casais inférteis têm de viajar para o exterior para encontrar uma criança, às vezes por processos muito duvidosos. Que diferença poucas décadas podem fazer; que diferença triste.
Em seu discurso aos estudantes da Universidade Stanford Steve Jobs disse três histórias: a primeira era sobre a capacidade de fazer descobertas felizes e inesperadas por acaso. Essa capacidade, disse ele, “completou o quebra-cabeça” entre sua decisão de abandonar a faculdade e projetar o primeiro computador Macintosh. A segunda foi sobre “amor e perda” — principalmente sobre o amor por seu trabalho que inspirou e energizou sua vida profissional. Crucialmente, foi também o que lhe deu condições para iniciar de novo depois de ser “demitido” de sua própria empresa em 1986 e se tornar “um fracasso muito público”.
Na época eu não entendia, mas resultou que minha demissão da Apple foi a melhor coisa que poderia já ocorrer a mim. O peso de fazer sucesso foi substituído pela leveza de ser alguém que estava começando de novo, com menos certeza sobre tudo. Libertou-me para entrar num dos períodos mais criativos da minha vida.
Isso incluiu seu casamento com Laurene Powell, com quem ele teve três filhos.
Tenho quase certeza de que isso jamais teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio de gosto horrível, mas suponho que o paciente precisava dele. Às vezes a vida nos joga um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me manteve prosseguindo foi que eu amava o que fazia. Você precisa encontrar o que você ama.
A terceira história era um pouco parecida com a segunda. Foi também sobre perda: sobre ficar com câncer, confrontar sua própria mortalidade e decidir o que ele queria fazer com o resto de sua vida.
Lembrando que estarei morto logo é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida. Porque quase tudo — todas as expectações externas, todo orgulho, todo medo de vergonha ou fracasso — essas coisas simplesmente se dissolvem em face da morte, deixando apenas o que é verdadeiramente importante. Lembrando que você vai morrer é o melhor jeito de eu saber evitar a armadilha de pensar que temos algo a perder. Já estamos nus. Não há motivo nenhum para não seguir seu coração.
Desde então, com um descanso temporário devido à sua doença, ele liderou a Apple a novas alturas de inovações e superioridade no mercado, fazendo da empresa o exemplo mais espetacular de uma economia cada vez mais debilitada.
É fantasioso pensar que o exemplo deixado por sua mãe biológica o ajudou não só a começar de novo depois daquele episódio inicial de fracasso público, mas também a confrontar a possibilidade de uma morte precoce com realismo e até mesmo otimismo? Provavelmente. Contudo, há um espírito similar que se faz evidente no modo como mãe e filho lidaram com suas respectivas crises. Coloque o foco na vida e prossiga na vida, é o que eles parecem nos ensinar.
Pense diferente, a campanha publicitária da Apple no final da década de 1990 encorajava. Se há uma questão em que os líderes civis e políticos de hoje precisam pensar de forma diferente é sobre o valor de um ser humano. A ânsia de impedir nascimentos que tem estado sobre eles durante os 60 anos passados produziu uma economia doente e uma falta notável de líderes realmente visionários. Eles deveriam pensar cuidadosamente no fenômeno de Steve Jobs e aprender.
Carolyn Moynihan é vice-editora de MercatorNet. Este artigo apareceu originalmente no MercatorNet e foi publicado aqui com permissão


Fonte: Notícias Pró-família.

Para o Ano da Fé: Quicumque vult salvus esse, ante omnia opus est, ut teneat catholicam fidem…


Q

uicumque vult salvus esse… [Quem quiser salvar-se] deve antes de tudo professar a fé católica. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade. A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância. Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória e coeterna a majestade. Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.
O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E contudo não são três eternos, mas um só eterno. Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E contudo não são três deuses, mas um só Deus. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
E contudo não são três senhores, mas um só Senhor. Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores. O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si. De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade. Mas, para alcancar a salvacão, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo. A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.
É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe. Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana. Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade. E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade. Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa. Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.
Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. Subiu aos Ceus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos. E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno. Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar.
Credo de Santo Atanásio.

Fonte: Fratres in Unum

Seja Bem-Vindo(a) ao Blog do Grupo de Estudo Veritas !

Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade.(II Coríntios 13,8)