Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade. (II Coríntios 13,8)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Porque me converti do Islão ao Catolicismo, Magdi Cristiano Allam, Corriere deela Sera, 23.03.2008

Magdi Cristiano Allam

Porque me converti do Islão ao Catolicismo

Corriere della Sera, 23 de Março de 2008

A minha escolha

«A chegada de um longo caminho

Decisivo o encontro com o Papa»

Caro Director, aquilo que estou para te referir diz respeito a uma minha escolha de fé religiosa e de vida pessoal que não quer de modo algum envolver o Corriere della Sera do qual me honro fazer parte desde 2003 na qualidade de vice-director ad personam. Escrevo-te portanto como protagonista do acontecimento como cidadão privado. Ontem à noite converti-me à religião cristã católica, renunciando à minha precedente fé islâmica. Assim vi finalmente a luz, por graça divina, o fruto são e maduro de uma longa gestação vivida no sofrimento e na alegria, entre a profunda e íntima reflexão e a consciente e manifesta exteriorização. Estou particularmente grato a Sua Santidade o Papa Bento XVI que me dispensou os sacramentos da iniciação cristã, Baptismo, Crisma e Eucaristia, na Basílica de S. Pedro no decurso da solene celebração da Vigília Pascal. E tomei o nome cristão mais simples e explícito: “Cristiano”.

Por isso, desde ontem chamo-me “Magdi Cristiano Allam”. Para mim é o dia mais belo da vida. Adquirir o dom da fé cristã na festividade da Ressurreição de Cristo pelas mãos do Santo Padre é, para um crente, um privilégio inigualável e um bem inestimável. Com quase 56 anos, no meu pequeno, é um facto histórico, excepcional e inesquecível, que assinala uma mudança radical e definitiva relativamente ao passado. O milagre da Ressurreição de Cristo reverberou na minha alma libertando-a das trevas de uma pregação onde o ódio e a intolerância nos confrontos com o “diferente”, condenado acriticamente como “inimigo”, primam sobre o amor e o respeito ao “próximo” que é sempre e de qualquer modo “pessoa”; assim como a minha mente se libertou do obscurantismo de uma ideologia que legitima a mentira e a dissimulação, a morte violenta que induz ao homicídio e ao suicídio, a cega submissão e a tirania, permitindo aderir à autêntica religião da Verdade, da Vida e da Liberdade. Na minha primeira Páscoa como cristão eu não descobri apenas Jesus, descobri pela primeira vez o verdadeiro e único Deus, que é o Deus da Fé e da Razão.

O ponto de chegada

A minha conversão ao catolicismo é o ponto de chegada de uma gradual e profunda meditação interior à qual não teria podido subtrair-me, visto que desde há cinco anos sou obrigado a uma vida blindada, com vigilância fixa em casa e escolta de polícias a cada minha deslocação, por causa das ameaças e das condenações à morte infligidas pelos extremistas e pelos terroristas islâmicos, seja por aqueles residentes em Itália seja por aqueles activistas no estrangeiro. Tive de me interrogar sobre o comportamento daqueles que publicamente emitiram fatwe (condenações jurídicas islâmicas), denunciando-me a mim que era muçulmano, como “inimigo do Islão”, como “hipócrita cristão copta que finge ser muçulmano para prejudicar o Islão” e como “traidor e difamador do Islão”, legitimando desta forma a minha condenação à morte. Perguntei-me como era possível que quem, como eu, se tinha batido convictamente por um “Islão moderado”, assumindo a responsabilidade de expor-se em primeira pessoa na denuncia do extremismo e do
terrorismo islâmico, acabasse por ser condenado à morte em nome do Islão com base numa legitimação corânica. Fui assim dando-me conta, que para além da contingência que regista a implantação do fenómeno dos extremistas e do terrorismo islâmico a nível mundial, a raiz do mal está inscrita num Islão que é fisiologicamente violento e historicamente conflituoso.

Paralelamente a providência fez-me encontrar pessoas católicas, praticantes de boa vontade que, em virtude do seu testemunho e da sua amizade, se tornaram pouco a pouco um ponto de referência no plano da certeza da verdade e da solidez dos valores. A começar por tantos amigos de Comunhão e Libertação, com o Padre Julián Carrón à cabeça; a religiosos simples como o Padre Gabriele Mangiarotti, a Irmã Maria Gloria Riva, o Padre Carlo Maurizi e o Padre Yohannis Lahzi Gaid; pela descoberta dos salesianos graças ao Padre Angelo Tengattini e ao Padre Maurizio Verlezza, que culminou numa renovada amizade com o Reitor Maior, Padre Pascual Chávez Villanueva; até ao abraço de altos prelados de grande humanidade como o Cardeal Tarcisio Bertone, Monsenhor Luigi Negri, Giancarlo Vecerrica, Gino Romanazzi e, sobretudo, Monsenhor Rino Fisichella que me seguiu pessoalmente no percurso espiritual de aceitação da fé cristã. Mas indubitavelmente o encontro mais extraordinário e significativo na decisão de me converter foi o que tive com o Papa Bento XVI, que admirei e defendi desde muçulmano pela sua capacidade em tratar a ligação indissolúvel entre fé e razão como fundamento da autêntica religião e da civilização humana, e à qual adiro plenamente como cristão por me inspirar uma nova luz no cumprimento da missão que Deus me reservou.

A escolha e as ameaças

Caro Director, perguntaste-me se eu não temo pela minha vida, na consciência que a conversão ao cristianismo me implicará uma enésima, e bem mais grave, condenação à morte por apostasia. Tens perfeitamente razão. Sei ao que me exponho mas enfrentarei a minha sorte de cabeça levantada e erguida e com a solidez interior de quem tem a certeza da própria fé. E sê-lo-ei ainda mais depois do gesto histórico e corajoso do Papa que, desde o primeiro instante que teve conhecimento do meu desejo, aceitou de imediato administrar-me os sacramentos de iniciação ao cristianismo. Sua Santidade lançou uma mensagem explícita e revolucionária a uma Igreja que, até agora, tinha sido demasiadamente prudente na conversão dos muçulmanos, abstendo-se de fazer proselitismo nos países de maioria islâmica e silenciando a realidade dos convertidos nos países cristãos. Por medo. O medo de não puder ajudar os convertidos diante da sua condenação à morte por apostasia e por medo das represálias sobre os cristãos residentes nos países muçulmanos. Pois bem, hoje, Bento XVI, com o seu testemunho, diz-nos que há que vencer o medo e não temer a hora de proclamar a verdade de Jesus também aos muçulmanos.

Basta com a violência

Por minha parte digo que chegou a hora de por fim ao livre arbítrio e à violência que não respeita a liberdade de escolha religiosa. Em Itália há milhares de convertidos ao Islão que vivem serenamente a sua nova fé. Mas existem também milhares de muçulmanos convertidos ao cristianismo que se vêem obrigados a esconder a sua nova fé por medo de serem assassinados pelos extremistas islâmicos que se ocultam entre nós.

Por uma dessas casualidades que evocam a mão discreta do Senhor, o meu primeiro artigo escrito no Corriere em 3 de Setembro de 2003 intitulava-se “As novas catacumbas dos islâmicos convertidos”. Era uma investigação sobre alguns neo-cristãos que em Itália denunciavam a sua profunda solidão espiritual e humana, diante do encobrimento das instituições do Estado que não tutelam a sua segurança e o silêncio da própria Igreja. Pois bem, espero que do gesto histórico do Papa e do meu testemunho surja o convencimento que chegou o momento de sair das trevas e das catacumbas e de proclamar publicamente a sua vontade de serem

plenamente eles próprios. Se aqui em Itália, berço do cristianismo, aqui em nossa casa, não somos capazes de garantir a todos a plena liberdade religiosa, como poderemos ser credíveis quando denunciamos a violação de tal liberdade noutras partes do mundo? Peço a Deus que nesta Páscoa especial conceda a ressurreição de espírito a todos os fiéis em Cristo que estiveram até agora subjugados pelo medo.

Fonte: http://o-povo.blogspot.com/2008/03/porque-me-converti-do-islo-ao.html

NOTA EM DEFESA DA VIDA HUMANA

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

46ª Assembléia Geral

Itaici – Indaiatuba - SP, 02 a 11 de abril de 2008


NOTA EM DEFESA DA VIDA HUMANA


Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 46ª Assembléia Geral, fiéis à nossa missão evangelizadora e aos compromissos assumidos na Campanha da Fraternidade de 2008, com o tema “Fraternidade e Defesa da Vida” e o lema “Escolhe, pois, a Vida” (Dt 30,19), reafirmamos nosso empenho pela valorização, defesa e promoção da vida humana.

A vida humana é sagrada. O direito à vida fundamenta quaisquer outros direitos. Desde a fecundação até seu declínio natural, a vida é fruto da ação criadora de Deus, “Senhor e Amigo da Vida” (Sb 11,26), e permanece sempre em relação com Ele, seu único fim. Cabe ao ser humano a responsabilidade de acolher e fazer frutificar este inestimável dom divino.

O Magistério da Igreja defende o direito à vida, bem primário fundamental em qualquer fase de desenvolvimento ou condição em que se encontra. A vida humana não pode ser instrumentalizada, violada ou destruída, devendo, pois, ser defendida sempre que ameaçada ou fragilizada.

Convidamos todos a se unirem a nós na defesa da vida, repudiando as tentativas de legalização do aborto em nosso País. Tal ato é moralmente inadmissível, pois faz muitas vítimas: a criança suprimida, a mãe isolada nos seus sentimentos de culpa e psicologicamente enferma, o pai que aprovou ou não se opôs e demais familiares. As mães que não consentem na prática do aborto, lutam e sofrem para gerar seus filhos, merecem nosso apoio e valorização. As mães que passaram pela triste experiência do aborto consentido, uma vez arrependidas, contem com a misericórdia divina que supera toda fraqueza humana (cf. Documento de Aparecida, 469g).

A ciência e a técnica têm contribuído para o desenvolvimento no âmbito da saúde e para o prolongamento da vida humana. Porém, “aquilo que é tecnicamente possível não é necessariamente, por esta mera razão, admissível do ponto de vista moral” (Donum vitae, Introdução, 4). A busca de qualidade de vida através das pesquisas científicas deve ser coerente com os princípios da inviolabilidade da vida humana, da lei natural e do mandamento “não matarás” (Ex 20,13), que devem ser respeitados sempre.

Reconhecemos, com gratidão, as pesquisas feitas em favor da vida, de modo particular, no que diz respeito às células-tronco adultas em vista à sua aplicação terapêutica. Lembramos que os princípios éticos devem sempre orientar os estudiosos e os cientistas para que a vida humana seja respeitada na sua integridade, desde a sua concepção até seu declínio natural.

Na célula inicial há tudo o que a natureza predispõe para o desenvolvimento da nova vida. O embrião humano deve ser respeitado e tratado como um ser humano desde a sua fecundação e, por isso, desde esse mesmo momento, deve-lhe ser reconhecido o direto inviolável de cada ser humano à vida (cf. João Paulo II, Evangelium Vitae, 60). Essa afirmação encontra apoio e plena correspondência nos direitos essenciais dos próprios indivíduos, reconhecidos e tutelados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem que, em seu artigo 3º, reconhece que “todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.

O uso de embriões humanos e a sua destruição para a pesquisa científica, bem como a sua crioconservação, violam o mais fundamental de todos os direitos, o direito à vida e a indissociável dignidade da pessoa humana, expressos nos artigos 1º, III e 5º, caput, da Constituição Federal. O artigo 4º do Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos), ratificado pelo Brasil em 25.09.1992, também estabelece que “toda pessoa tem o direito a que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”.

Aguardamos o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal que votará a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), de número 3.510. Esperamos que a vida humana seja defendida incondicionalmente.

Agradecemos o trabalho de muitos cientistas e pesquisadores da área biomédica e de juristas que defendem a vida a partir de princípios éticos. Agradecemos também a dedicação de agentes da saúde, de parteiras, de socorristas, das Frentes Parlamentares em favor da vida, das associações Pró-Vida, das pastorais e movimentos, de catequistas e lideranças da Igreja e de todas as pessoas de boa vontade que defendem a vida com o testemunho de fé e cidadania.

Conclamamos todos, especialmente os fiéis de nossas Dioceses e Paróquias, à realização de gestos concretos em favor da vida, tais como: centros de acolhida da mãe gestante, a prática da adoção, a doação de sangue e de órgãos para transplantes, a difusão dos “10 Mandamentos do Motorista”, a constituição de Comissões Diocesanas de Bioética, a Semana Nacional da Vida e a celebração anual do Dia do Nascituro, em 8 de outubro.

Jesus Cristo, fonte da Vida, pela intercessão de sua Mãe, venerada com o título de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, abençoe o povo brasileiro e proteja a todos no compromisso pela promoção e defesa da vida.


Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Não permitam que “dourem a pílula” através de seu embrião.

Porque não é verdade que o estudo de células-tronco do embrião vai favorecer o povo brasileiro:

1.Você acredita ser verdade que para o Brasil não ficar atrasado, retroagir, precisa copiar ações que não deram certo, como os estudos com células-tronco do embrião humano realizadas no instituto que leva o nome do ator Christopher Reeve (que encarnou o Super-Homem), nos EUA há 15 anos, através de milhões gastos, sem sucesso e até hoje milhares de pessoas continuam paraplégicas?

2.Você sabia que para cultivar essas células do embrião humano, com 100 células, são necessárias camadas alimentadoras de outros fetos? E que essas células de seu embrião congelado, em um mês vão atingir milhões de células, com o DNA de sua família, podendo se transformar em linhagens que poderão ser patenteadas?

3.Você sabia que é mentira que o embrião humano congelado é inviável após 3 anos? Se fosse, não seria congelado, basta doa-lo para casais sem filhos e coloca-lo no útero.

4. Você sabia que a célula do câncer é uma célula adulta que resolve voltar a ser célula embrionária? Portanto desde 2006 existem técnicas para os pesquisadores estudarem os mecanismos das células tronco embrionárias através das células-tronco-adultas induzidas (Yamanaka,S – 2006 e 2007) e também através das várias linhagens de células tronco embrionárias humanas americanas já existentes?

5.Você sabia que a definição do início da vida humana, o encontro do espermatozóide com o óvulo formando o zigoto está escrito na página 18 do maior tratado médico de embriologia escrito por Moore e Persaud, e se deixarmos no útero desenvolverá a pessoa humana ?

6.Você acha certo o que está escrito no texto abaixo?
“Quem coloca a mão na massa sabe quais são as limitações (da pesquisa). Às vezes, você realmente tem de vender o peixe quando precisa de financiamento (dinheiro). Não adianta você dizer: “Olha, vou ficar 20 anos seqüenciando para talvez chegar a um resultado. A gente tenta dourar um pouquinho a pílula”.( Jornal Folha de S.Paulo, 01 de abril de 2007)

Homens e mulheres brasileiras: não permitam que “dourem a pílula” através de seu embrião !!!!

Profa Dra Lilian Piñero Eça
Presidente do IPCTRON - Instituto de Pesquisas de Células–Tronco


Fonte: http://www.pastoralfamiliarcnbb.org.br/novo_site/noticias/noticia.asp?id=1122

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A Fé é uma arte

de A novíssima igreja da Santíssima Trindade em Fátima - vulgo "ETAR" - tem surpreendido sempre quem a visita. Em conversa com inúmeras pessoas que se lá dignaram entrar, ouço palavras de admiração. Há coisa de uma semana, falei com o meu pároco sobre o este assunto e, invariavelmente, acabou por me confessar o espanto que a obra lhe provocou, qual "maravilha arquitectónica" de "invulgar beleza". Em tentativa de contraponto, questionando-o quanto à remota possibilidade da existência de alguma "maravilha religiosa" em todo aquele betão circular, por pouca que seja, lá me respondeu que, nesse aspecto, pode ser considerada como uma "aberração". Menos mal! Confirmei que ainda é plausível acreditarmos em encontrar em Portugal quem não tenha a vista assim tão curta. No meio de tanta "maravilha" e do deslumbramento aparente, aparece uma ponta de sanidade, mesmo de quem menos a esperamos.

A realidade incontornável da "ETAR" de Fátima é pois esta: para além da espectacularidade, que seria o orgulho de qualquer projectista, existe ali uma gravíssima "aberração religiosa". Mais, existe o espelho da aberração modernista em si que, pela arte, demonstra bem por que linhas se cosem as premissas essenciais dos seus objectivos.

A expressão da Fé católica pela arte perpassou estilos, alguns com inúmeras ramificações, e neles encontramos espelhada a evolução da vivência da própria Fé, a forma como a fomos descobrindo e cimentando. A arte templar da cristandade é uma das faces visíveis do depósito de Verdade da Igreja, empenho inestimável de fazer aplicar o melhor engenho na edificação física da casa de Deus. Por outro lado, a arte do templo serve também a liturgia que aí se pratica, aquela que cresce e se renova organicamente para ser fonte sacramental, espiritual e catequética, pelo que, ao entrar numa igreja, podemos vislumbrar a resposta do homem ao apelo divino e de que maneira se processa a adesão da sua vontade e da sua inteligência à Mensagem.

Chegados ao ponto crítico da modernidade, julgamos ser aceitável construir segundo estilos que em nada se preocupam com estes propósitos. Aliás, a desculpa que está na base desta realidade permite recorrer a arquitectos ateus que não saberão - pelo menos assim se subentende como óbvio... - fazer qualquer expressão que não seja da sua condição de "não crentes". Nada mais provável em tempos que vivem de revolução, ou dos seus cacos. Porque não então recorrer a quem partilhe da mesma visão conciliar de abertura da Igreja ao mundo, à sua conduta e à sua arte profana? Porque não misturar o sagrado com o que lhe é completamente estranho? Porque não fazer disso a visibilidade da desconstrução sacramental, espiritual e catequética?

No caso específico da auto-denominada "nova basílica", não só é evidente a arte de ateus - muita em figuras rupestres, elevada a sublime inovação - como a concordância total com a referida revolução: paredes vazias, sentimento permanente de vazio, disposição em anfiteatro, horizontalidade, imagética desconcertante, etc. Ou seja, a igreja da Santíssima Trindade, por maior valor arquitectónico que tenha, não é arte de Fé, na mesma medida que que a Fé deixou de ser uma arte. O mesmo é dizer que não é arte da verdadeira Fé, mas de uma outra que abraçámos em meados de 60. E se o objectivo era edificá-la, nesse caso estão todos de parabéns: está ali materializada a deriva da Igreja.

Nota: O autor do post é português, logo a escrita utilizada é o português de portugal.
Fonte: Gazeta da Restauração

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Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade.(II Coríntios 13,8)