Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade. (II Coríntios 13,8)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Catolicidade

Pelo Pe. Álvaro Calderón.

La Reja. Argentina.

Católico e ecumênico são dois adjetivos de origem grega que, se olharmos no dicionário, têm o mesmo significado: universal. Possuem, contudo, matizes distintos.

Católico vem de katá hólos, algo assim como “em ordem à totalidade”, daí que signifique geral, universal. Ecumênico deriva de oíkuméne, “toda a terra habitada”, já que ôikos significa casa. Católico, portanto, significa universal em um sentido mais amplo, menos determinado, enquanto que ecumênico se refere a uma universalidade territorial.

Mas se falamos da catolicidade da Igreja, os significados se aproximam ainda mais. Porque a nota de “católica”, que permite reconhecer visivelmente a Igreja de Cristo, assinala especialmente o fato de que a cristandade se estenderá, sem interrupção, desde os tempos apostólicos até o fim dos séculos, por toda a terra.

Por que chamamos à Igreja, então, “católica” e não “ecumênica”?

Chamamo-la “católica” e não “ecumênica” porque esta qualidade não pertence à Igreja da maneira de algo que se deu de fato e poderia não ter ocorrido assim, como seria possível dizer-se ecumênica à Coca-Cola; senão que é propriedade característica de um ser vivo, a qual provém necessariamente dos princípios de sua natureza, da mesma forma que dizemos que o homem é sociável, já que por sua natureza racional não pode viver e desenvolver-se humanamente sem um mínimo de sociedade.

A Igreja não poderia deixar de instalar-se por sobre toda a terra desde o primeiro impulso da pregação apostólica, “o seu som estende-se por toda a terra, e as suas palavras até às extremidades do mundo” (Sl. 18, 5), por causa da fecundidade e potência do princípio que a anima: o Espírito Santo, que baixou sobre Ela no dia de Pentecostes. A Igreja é divina, e assim como Deus está em todas as partes em potência, presença e essência, da mesma forma está a Igreja. Para expressar algo de tamanha grandeza carecia, portanto, de utilizar o termo que significasse a universalidade em seu sentido mais amplo, referindo-se não só ao fato da difusão geográfica, senão também a seu princípio. No campo católico, até o século XX, não se usava o adjetivo “ecumênico”, exceto para designar os concílios gerais. Os patriarcas gregos cismáticos, sobretudo o de Constantinopla, usurparam-no como título para rivalizar com a universalidade do Papa, Patriarca Romano, autorizando-se para isto na equiparação política que estabeleceu o imperador Constantino entre Roma e Constantinopla.

Até a metade do século passado, os mais abrangentes dicionários do pensamento católico não dizem nada além disso sobre o termo “ecumênico”, não mencionando sequer o neologismo “ecumenismo”[1]. O ecumenismo, tanto a palavra quanto a coisa, apareceu como fruto maduro do protestantismo liberal. “Faz uns cinqüenta anos, – diz em 1947 Yves Congar, que seria um dos principais peritos do Concílio Vaticano II – um fato novo se produziu no mundo da desunião cristã, fato que designa uma palavra nova, o ‘ecumenismo’; o movimento nasceu nos últimos anos do século XIX no seio do protestantismo americano....[como um] impulso em direção à unidade” (“Ecclesia”, Aigran, 1948, pág. 948).

Em 1920 o Patriarca de Constantinopla se associa a este movimento, passando desde então a ser ecumênico em duplo sentido – nem todos sabem da profunda influência dos teólogos do protestantismo liberal entre os ortodoxos.

Em 1928 o Papa Pio XI rechaça e condena com energia o “pan-cristianismo” ecumênico, que assedia o catolicismo liberal, por meio de sua encíclica “Mortalium Animos”. A condenação se repete muitas vezes até que, por justo castigo de Deus à tibieza dos cristãos, o liberalismo conquista o papado com João XXIII. Este Papa entrega o Concílio Vaticano II nas mãos do modernismo, e com o Decreto “Unitatis Redintegratio”, Roma, em flagrante contradição consigo mesma, se incorpora ao anticatolicíssimo movimento ecumênico.

Em que aspecto catolicidade e ecumenismo são comparáveis e em que se contradizem?

O ecumenismo é um movimento de agrupamentos religiosos que buscam conformar-se como partes de uma corporação mundial, sem perder, contudo, sua própria identidade. A catolicidade, dissemos, não é um movimento, mas uma qualidade vital do Corpo Místico de Cristo, qualidade que se traduz em sua inabarcável extensão mundial; não obstante também é o princípio de um movimento constante - o impulso missionário, assim chamado porque é continuação da missão ou mandato que trouxe à terra o Filho de Deus. Logo, o ecumenismo é um impulso cujo fim é a fabricação da nova catolicidade, ao passo que a catolicidade é princípio e fim vital do impulso missionário, que alguns agora chamam “ecumenismo verdadeiro”, o que certamente não convém porque, como vimos, a palavra é propriedade intelectual do pensamento liberal.

Em suma, como se deve comparar somente coisas do mesmo gênero, o moderno ecumenismo deve contrastar-se com o tradicional movimento missionário, produto da catolicidade da Igreja.

Como ecumênico e missionário são movimentos de incorporação, há de se comparar o princípio que obra, a matéria que utiliza, a transformação que produz e o termo que alcança.

O movimento missionário de incorporação ao Corpo Místico é semelhante ao processo de alimentação de um corpo vivo. Os princípios que obram a nutrição e o crescimento são as potências da alma que vivificam o corpo; o alimento, salvo exceção, é sempre uma substância de ordem inferior: os vegetais se alimentam de minerais, os animais de vegetais e o homem de tudo, menos de homens. A transformação que sofre o alimento é tripla: dissolução dos componentes elementares, assimilação dos elementos nutrientes e expulsão dos dejetos; e o final não é algo superior, senão a reconstituição do mesmo vivente.

Algo parecido ocorre na Igreja através das missões. O princípio que as anima é totalmente divino: é a potência do Espírito Santo, alma da Igreja desde o dia de Pentecostes. A matéria ou alimento das missões são todos os povos da terra: “Ide, pois, ensinai todas as gentes” (Mt. 28, 19), instituições humanas de ordem totalmente inferior à divina Igreja.

Agora bem – e este é o ponto que convém sublinhar – para poder assimilar os elementos nobres que em cada nação se possa achar, não só pessoas e famílias, mas também disposições morais e sociais e valores culturais, a Igreja deve sempre dissolver em menor ou maior grau as estruturas, sistemas e instituições que se encontram conformados; sobretudo deve acabar com os sistemas religiosos, que são sempre como a forma última que engloba e penetra as demais. A razão é simples: fora da Revelação e da influência da graça, o princípio que em menor ou maior grau anima a constituição dos povos é Satanás, príncipe deste mundo.

Nos povos de civilização greco-latina foi muito o que a Igreja pôde assimilar. Nos povos bárbaros e americanos, pouco; entretanto, assim como uma maçã não pode alimentar se não é mastigada até que deixe de ser maçã, tampouco a família romana ou a sabedoria grega – para dar exemplos do melhor – podiam tornar-se cristãs sem que antes se travasse contra elas uma guerra de morte: os filhos santificados tiveram de desafiar uma autoridade paterna que usurpava os direitos de Deus, e os Santos Padres lutaram contra uma razão que não queria submeter-se à Revelação.

Somente depois desta tarefa de demolição podiam eleger as boas pedras para a nova edificação. Porém, a força do Espírito de Cristo é capaz de vencer toda resistência: “Tende confiança, eu venci o mundo” (São João 16, 33); e a Igreja é católica, pois não há nação da terra que ela não seja capaz de incorporar. Por outro lado, o ecumenismo é um movimento de incorporação por meio de associação de semelhantes. O princípio que o move não é uma forma ou alma presente, senão um fim futuro que todos almejam; a matéria são partes ou sujeitos da mesma ordem; a transformação que devem sofrer para associar-se é acidental, de maneira que não perca cada sócio a sua identidade; e o final é algo superior a qualquer dos componentes. Pressupõe o pensamento liberal, contra toda a experiência da história e o senso comum, que as religiões podem ter uma vida independente da ordem política, como parece ter sido demonstrado no democrático paraíso americano (tenha-se em mente que a idéia do ecumenismo só poderia dar certo ali).

Afirma também, é claro, que a inteligência do homem não pode adequar-se de maneira única ao real, isto é, pressupõe o pluralismo da verdade, de modo que os credos de cada religião são como as constituições dos estados: cada um é bom para aquela que o possui e não tem sentido discutir qual é melhor.

Outorgados os pressupostos, segue-se o princípio motor do ecumenismo: todas as religiões trabalham, umas mais outras menos, pela constituição do Reino de Deus, reino escatológico cuja realização histórica tem a pretensão de se concretizar só no final dos tempos, porque o princípio e fundamento do liberalismo estabelecem que o reinado de Deus não pode ser político.

Segundo a doutrina católica até antes do último Concílio – com vigência de apenas dois mil anos – é a Igreja que estabelece desde agora na terra o Reino de Deus, cada vez que incorpora em seu seio um povo e o conforma de acordo com as leis do Evangelho.

Mas o Vaticano II refletiu e descobriu que a Igreja...

...não devia imiscuir-se tanto nos regimes políticos, já que o Reino de Deus pertence necessariamente ao futuro, e Ela no presente deve limitar-se em ser a semente desse reino: “A Igreja (...) constitui o germe e o princípio deste mesmo Reino na terra” (“Lumen Gentium”, 5).

Outro descobrimento conciliar: “as Igrejas e Comunidades Separadas, embora creiamos que tenham defeitos, de forma alguma estão despojadas de sentido e significação no mistério da salvação. Pois o Espírito de Cristo não recusa servir-se delas como de meios de salvação” ("Unitatis Redintegratio" , 3).

Até a véspera do Concílio, as religiões eram a diabólica crosta que impedia a assimilação das gentes no seio da Cristandade; doravante são sócias e companheiras na obra da Redenção.

Ai Senhor! que amigas para Vossa Igreja! A cismática Ortodoxia, fundada na negação de Vosso Vicário; a herética Reforma, fundada no rechaço de Vossos sacerdotes; a satânica Sinagoga, fundada no ódio a Vossa Pessoa!

Terceira novidade: “A única Igreja de Cristo (...) subsiste na Igreja católica” [Haec est unica Christi Ecclesia... subsistit in Ecclesia catholica] (“Lumen Gentium”, 8). Os católicos antes estavam convencidos de que a Igreja Católica era, sem discussões, a Igreja de Cristo, e por tanto os missionários davam seu sangue para incorporar os povos em seu seio, única Arca de Salvação. Mas agora parece que a Igreja Católica é só parte de algo maior, uma Igreja de Cristo (será Dele?) que inclui também as demais religiões em uma espécie de grande confederação. Assim como o Verbo – sugere-nos a “Lumen Gentium” – só subsiste na natureza humana de Cristo pelo mistério da incarnação, mas não deixa de fazer-se presente pela graça nos demais homens, assim também a Igreja de Cristo somente subsiste na Igreja Católica, no entanto não deixa de estar presente nas outras Igrejas e Comunidades, compondo com todas seu Corpo Místico. Muito lindo, mas é de um católico arrancar os cabelos: a Igreja Católica não é a Igreja de Cristo, e nem uma nem outra o Reino de Deus!

A confissão do Cardeal Kasper a respeito do ecumenismo

Concluindo, “não se creia que o ecumenismo seja suficiente, diz o Cardeal Kasper, se não se buscar a conversão ao catolicismo. A nova catolicidade consiste em todas as religiões, em todas as partes, aprendendo a viver nos mesmos edifícios, unidas em diálogo fraterno para buscar o futuro Reino da Paz.”

“Não temam os ortodoxos hospedar católicos em seu território, pois hoje em dia não há de se temer a agressividade dos antigos missionários; vejam como gradativamente franqueamos as portas ao protestantismo na América Hispânica e, na Europa, ao Islã. Todavia, no final dos tempos, o único reino universal que está profetizado, outro que não a Igreja Católica, é o frágil e momentâneo do Anti-Cristo.”

Muito é de se temer que o movimento liberal e maçônico do ecumenismo - leitmotiv do Concílio Vaticano II e do pontificado de João Paulo II! - esteja preparando espiritualmente seu advento, já que inibe a potência da catolicidade da Igreja na pregação do pluralismo, sofisma negador da unicidade e da evidência da Verdade que é Cristo.

Traduzido por Permanência.

Originalmente publicado em IESUS CHRISTUS Nº 93
Fonte: www.statveritas.com.ar



[1] Cfr. DTC, Enciclopedia de la Religión cristiana e Enciclopedia Universal Espasa Calpe.


Fonte: www.permanencia.org.br

terça-feira, 26 de maio de 2009

"Anjos e Demônios" é picaretagem pura

Ontem fui ver uma sessão para a imprensa de Anjos e Demônios, baseado no romance de Dan Brown, e que estreia depois de amanhã. Resumindo bem resumido o enredo, uma sociedade secreta se aproveita das pesquisas do Grande Colisor de Hádrons (o famoso LHC, a "máquina do fim do mundo") e elabora um plano para explodir o Vaticano exatamente durante o conclave que elegerá o sucessor de um Papa morto recentemente. O especialista em símbolos Robert Langdon é chamado pelo Vaticano para ajudar a desvendar a conspiração. Como suspense, é até melhorzinho que O código Da Vinci, mas a avaliação artística eu deixo para o roteiro do Caderno G, que sai na sexta, e para meu colega Paulo Camargo, da Central de Cinema. Também não vou comentar os erros factuais grotescos, especialmente os relativos ao conclave. Nosso negócio aqui é ciência e religião, e nisso o filme é picaretagem pura.

Uma ideia de fundo observada durante todo o longa (exceto em um discursinho conciliador no desfecho) é a oposição entre Igreja e ciência; mais ainda, a perseguição aos cientistas promovida pela Igreja. Essa perseguição estaria na origem dos Illuminati (a tal sociedade secreta), e o roteiro coloca essa ideia até mesmo na boca de personagens pertencentes ao clero. Ainda entrou no filme uma cena completamente idiota (e que não tem influência alguma no enredo) em que militantes a favor da pesquisa com embriões enfrentam os católicos que aguardam a eleição do Papa, tudo em plena Praça de São Pedro. Como não podia deixar de ser, ninguém se preocupa em esclarecer que a Igreja se opõe apenas ao uso de células-tronco embrionárias, enquanto encoraja a pesquisa com células-tronco adultas.

Segundo o filme, Galileu e Bernini eram membros da sociedade. Bom, mas o próprio site de Dan Brown afirma, como fato real, que os Illuminati foram fundados em 1776 e dissolvidos poucos anos depois. Então, como raios Galileu (que morreu em 1642) e Bernini (que morreu em 1680) poderiam ter feito parte dos Illuminati? Mas dá pra entender a tentação de incluir Galileu no rolo: costuma-se pintar o astrônomo e matemático como uma espécie de "mártir" da ciência, imolado por um bando de religiosos retrógrados (você pode clicar aqui para conhecer melhor alguns detalhes sobre os problemas de Galileu com a Inquisição). Dan Brown inclusive inventa uma "última obra" de Galileu chamada Diagramma Veritatis. Ora, basta consultar qualquer site de referência sobre Galileu para saber que seu livro final foi Discursos e demonstrações matemáticas sobre duas novas ciências.

Divulgação

Divulgação / Robert Langdon busca (e encontra) o

Robert Langdon busca (e encontra) o "Diagramma Veritatis" de Galileu. O fato de essa obra nunca ter existido não parece ser problema para Dan Brown.

O livro chega a ser ainda mais explícito na tentativa de criar oposição entre religião (especialmente a Igreja Católica) e ciência. Em um trecho aparecem cartazes, trazidos por religiosos, dizendo "cientista = satanista". Brown ainda alega que Nicolau Copérnico foi "assassinado" (na verdade ele morreu em sua cama, de ataque cardíaco), e que os católicos consideravam inadequado dar tratamento médico a pessoas jovens.


Divulgação

Divulgação / "O êxtase de santa Teresa", de Bernini, tem papel importante na trama. Diz o livro que o papa Urbano VIII achou a estátua praticamente pornográfica e, em vez de colocá-la no Vaticano, mandou-a para uma capela obscura numa igreja distante. Na verdade, Urbano VIII morreu 8 anos antes de a estátua ficar pronta, e a obra foi encomendada pelo cardeal Cornaro especificamente para a mesmíssima capela onde está hoje. Mas nem isso parece ter incomodado Dan Brown.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

The 13th Day

Based on a well known and celebrated Catholic event, The 13th Day has the potential to reach a mass target market of the main Catholic territories worldwide (2.1 billion people) and by nature of the ‘message of Fatima’ has potential relevance to people of all faiths and none.



www.THE13THDAY.COM

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Milagre do Sol


(...)Tendo recebido do próprio Céu uma mensagem de uma importância evidentemente profunda para a Igreja e para toda a humanidade, Lúcia bem sabia que tanto ela como os primitos precisariam de uma credencial divina para serem acreditados. Durante a Aparição de 13 de Julho, Lúcia - a futura Irmã Lúcia - dirigiu-se à Senhora: «- Queria pedir-Lhe para nos dizer Quem é; para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.» E a Senhora respondeu: «Continuem a vir aqui, todos os meses. Em Outubro direi Quem sou, o que quero, e farei um milagre que todos hão-de ver para acreditar.» A Senhora repetiu esta promessa em aparições posteriores à Lúcia e aos outros videntes (em 19 de Agosto e, de novo na Cova da Iria, em 13 de Setembro).



E foi assim que uma grande multidão de pessoas se reuniu na Cova da Iria a 13 de Outubro. E, precisamente na hora vaticinada em Julho - às 12h., meio-dia solar; e às 13h30 pelo relógio em Portugal -, algo de espantoso começa. Inesperadamente - porque uma chuva torrencial enchera de lama a Cova da Iria -, a Lúcia diz à multidão para as pessoas fecharem os guarda-chuvas. Então ela fica num êxtase, e a Senhora, aparecendo de novo, diz-lhe primeiro Quem é e o que quer, tal como tinha prometido: «Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário.» A Senhora é a Mãe de Deus, a Santíssima Virgem Maria, que desde então será conhecida também sob o título de Nossa Senhora de Fátima, um dos muitos conferidos pela Igreja à Santíssima Virgem. A capela, evidentemente, foi construída; tal como foi construída outra vez depois de, em 6 de Março de 1922, ter sido arrasada por uma bomba, aí colocada pelos amigos do “latoeiro” - alcunha do autarca maçónico do município de Ourém.



E nessa altura o Milagre começou. Recontamos aqui o depoimento de um jornalista que não pode, definitivamente, ser acusado de parcialidade neste assunto - e por um bom motivo! Referimo-nos ao Senhor Avelino de Almeida, editor-chefe de O Século, o grande jornal diário, “liberal”, anticlerical e maçónico de Lisboa. Escrevia ele:

(…) Do cimo da estrada onde se aglomeram os carros e se conservam muitas centenas de pessoas, a quem escasseou valor para se meterem à terra barrenta, vê-se toda a imensa multidão voltar-se para o sol, que se mostra liberto de nuvens, no zénite. O astro lembra uma placa de prata fosca e é possível fitar-lhe o disco sem o mínimo esforço. Não queima, não cega. Dir-se-ia estar-se realizando um eclipse. Mas eis que um alarido colossal se levanta, e aos espectadores que se encontram mais perto se ouve gritar: - Milagre, milagre! Maravilha, maravilha! Aos olhos deslumbrados daquele povo, cuja atitude nos transporta aos tempos bíblicos e que, pálido de assombro, com a cabeça descoberta, encara o azul, o sol tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos, fora de todas as leis cósmicas, - o sol bailou, segundo a típica expressão dos camponeses (…).



Atacado com violência por toda a imprensa anticlerical, o Senhor Avelino de Almeida renovava o mesmo testemunho, quinze dias depois, na sua revista Ilustração Portuguesa. Dessa vez ilustrava o seu reconto com uma dúzia de fotos da grande multidão extática, e ia repetindo, como um refrão, do princípio ao fim do seu artigo: «Vi... Vi...Vi.» E concluía, como que ao acaso: «Milagre, como gritava o povo; fenómeno natural, como dizem sábios? Não curo agora de sabê-lo, mas apenas de te afirmar o que vi ... O resto é com a Ciência e com a Igreja (…)»

Referência: Livro o derradeiro combate do demônio.
---

Essa é uma pequena homenagem do Grupo Veritas a nossa Mãe, que veio até nós em Fátima e que fez o milagre que Jesus negou para os fariseus. Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Nossa Senhora de Fátima rogai por nós



Acto de Consagração
ao Coração
Imaculado de Maria

Ó Coração Imaculado de Maria, Rainha do Céu e da terra, e Mãe carinhosa dos homens, de acordo com o Vosso desejo ardente revelado em Fátima, consegro-me eu, os meus irmã os, o meu país, e toda a raça humana ao Coração Imaculado de Maria.

Reinai sobre nós, Santíssima Mã e de Deus, e ensinai-nos a fazer reinar e triunfar em nós o Coração de Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, assim como tem reinado e triunfado em vós.

Reinai sobre nós, Santíssima Virgem, para que possamos ser Vossos na prosperidade e na aflição, na alegria e na tristeza, na saude e na enfermidade, na vida e na morte.

Ó clementíssimo Coração de Maria, Rainha de Deus, zelai as nossas mentes e os nossos corações e livrai-los da impureza que lamentastes em Fátima. Ajudai-nos a imitar-vos em todas as coisas, sobretudo na pureza. Ajudai-nos a trazer ao nosso país e a todo o mundo a paz de Deus na justícia e na caridade.

Em conseqüência, bondosíssima Virgem e Mãe, prometo imitar as Vossas virtudes levando uma vida de verdadeiro cristão com atenção ao respeito humano.

Resolvo receber regularmente a Santa comunhão e ofrecer-vos cada dia cinco décadas do Rosário, junto aos meus sacrifícios, no espírito da reparação e da penitência,

Amen.
Fonte: fatima.org

Seja Bem-Vindo(a) ao Blog do Grupo de Estudo Veritas !

Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade.(II Coríntios 13,8)