Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade. (II Coríntios 13,8)

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A Fé e suas fontes - Parte II

Revelação pública

Deus falou – o que ele diz só pode ser a Verdade por excelência. Ele não pode errar e não pode nos enganar. O que Deus disse forma o conjunto objetivo de verdades reveladas. É chamada de Revelação pública aquela que foi entregue por Deus aos homens, dando-lhes autoridade para falar em seu nome, através de uma instituição fundada para este fim. Temos assim:

  • Revelação pública particular – é o Antigo Testamento, porque restringia-se ao povo eleito.
  • Revelação pública universal – é o Novo Testamento, porque ensinada para todos os homens pela Igreja.

O ato de Revelação termina com a morte do último Apóstolo. Aos Apóstolos foi entregue, por Jesus Cristo, o depósito Sagrado, para que eles, com sua autoridade divina, pregassem a todos os povos, até os confins da terra. São diversas as passagens dos Evangelhos em que Jesus manifesta esta autoridade da Igreja:

“Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. O que crer e for batizado será salvo, o que porém não crer, será condenado”. (S. Marcos, 16,16)

“Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. (S. Mateus, 16, 18)

Cabe, então, à Igreja Católica, o papel de guardar, pregar e explicitar a verdade revelada.

Este trabalho da Igreja se faz mediante as declarações autorizadas da Igreja. É a isso que se dá o nome de “dogma”. Dogma é toda verdade revelada por Deus na medida em que ela é proposta pela Igreja para ser crida. E se é verdade que o Depósito da Revelação completa-se com a morte do último Apóstolo, já as explicações, desenvolvimentos e explicitações do que está contido na revelação, continua, sob a autoridade da Igreja e com a assistência do Divino Espírito Santo. Assim, por exemplo, o dogma da “transubstanciação”. A Igreja, mediante uma palavra revelada por Deus, chega a uma conclusão teológica que, por ser essencialmente unida à revelação, é declarada pela Igreja como dogma de fé. Se fosse possível que a substância do pão não se transformasse na substância do Corpo de Cristo, estaria negada a divindade da Revelação. A nossa adesão ao dogma é, então, a mesma da adesão à Revelação. Seria um pecado grave contra a fé negar um dogma católico, pois estaríamos negando a própria palavra revelada por Deus.

(Continua...)


Referência: A fé e suas fontes. Acessível em http://www.capela.org.br

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